Última alteração: 2023-09-04
Resumo
A estimulação cognitiva realizada pela musicoterapia pode gerar o aprimoramento de processos cognitivos, como a memória. Portanto, é possível vislumbrar benefícios de sua utilização em idosos com a doença de Alzheimer, de modo a amenizar o sofrimento dessas pessoas e de seus familiares. O objetivo geral deste projeto é descrever possíveis contribuições das técnicas de musicoterapia nos processos de memória de idosos com doença de Alzheimer. E, como objetivos específicos, propõe-se a apresentar as técnicas e os objetivos da musicoterapia, elaborar um panorama dos processos de memória na perspectiva cognitiva e caracterizar a doença de Alzheimer no que se refere a etiologia, sintomas, evolução e possíveis intervenções. A musicoterapia apresenta-se como uma ferramenta terapêutica por meio de técnicas nomeadas de funcionais, receptivas e ativas. A memória é composta por diferentes processos e pode ser classificada de acordo com a duração ou o conteúdo. Dentre os tipos de memória, destaca-se a autobiográfica que compõe-se informações sobre o indivíduo, formando a identidade deste. A doença de Alzheimer possui três fases: inicial, quando começam as perdas de memória, intermediária, quando outros processos cognitivos são afetados e a pessoa perde a independência, e avançada, quando a pessoa apresenta grande comprometimento cognitivo e necessita de um cuidador todo o tempo. O método é o de uma pesquisa qualitativa exploratória, com o exame de artefatos culturais que retratem a aplicação das técnicas da musicoterapia junto a pessoas com a doença de Alzheimer. A interpretação dos dados se dará pela análise de conteúdo de Laville e Dionne.