O crescimento atual da população brasileira ocorre simultaneamente ao avanço do envelhecimento e do número de idosos que residem sozinhos no Brasil. Paralelo a isto, as mudanças nas configurações familiares, a perda do papel e da função do idoso na sociedade, têm contribuído para a solidão na velhice. Assim, este trabalho tem como objetivo identificar aspectos que contribuem para a ocorrência da solidão na velhice e de fatores de proteção neste contexto. O método utilizado foi a revisão integrativa da literatura a partir da base de dados da CAPES (2016-2022) com os descritores velhice e solidão. Selecionou-se 3 artigos dos 72 encontrados por critério de inclusão. Os critérios de inclusão utilizados foram velhice, solidão e fatores de proteção. Entre as principais contribuições dos referenciais está a compreensão das causas da solidão na velhice que envolvem a redução das famílias, queda da natalidade, ocupações laborais dos familiares, vínculos afetivos fragmentados, institucionalização; e dos fatores de proteção, como a manutenção e construção de novos vínculos através da participação social, de uma velhice ativa, capacidade de resiliência, flexibilidade, sentimento de autoeficácia, gratidão e felicidade. Na velhice colhe-se os frutos da trajetória de vida, do quanto investiu-se nas relações e vínculos, nos cuidados com a saúde física e mental. Fortalecer os fatores de proteção, educar as gerações para a valorização do papel do idoso na sociedade, garantir espaço e voz a ele, investir em políticas públicas voltadas para o bem-estar do idoso são os desafios postos para a sociedade atual no âmbito do envelhecimento.