O diabetes é uma doença com complicações de elevada morbimortalidade. Estima-se que a prevalência mundial de diabetes entre a população adulta e idosa esteja em torno de 10%, e este número tende a crescer, especialmente impulsionado pelo envelhecimento populacional. Neste contexto, a busca por recursos advindos de fontes naturais pode ser um importante aliado. O objetivo deste trabalho foi verificar se a quercetina possui potencial para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos para o tratamento de complicações associadas ao diabetes. Foi realizada uma revisão buscando nas bases de dados MEDLINE/PUBMED ensaios clínicos disponibilizados na íntegra, publicados no período de 2014 e 2024 utilizando os unitermos “quercetina” e “diabetes”. Foram encontrados seis artigos, destes, foram selecionados quatro que estavam de acordo com os critérios de inclusão e abordavam o problema de pesquisa. Os estudos demonstraram que após a suplementação oral de quercetina houve redução dos níveis de ácido úrico plasmático, apontado pelos autores como um importante fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Outro estudo reportou redução nos níveis de metilglioxal, que tem sido associado ao diabetes e suas complicações. No tratamento de feridas, comum em pacientes diabéticos idosos, uma formulação tópica com quercetina acelerou o tempo de cicatrização. Ademais, realizaram-se avaliações da interação da  quercetina e medicamentos anticoagulantes, antiagregantes plaquetários e antidiabéticos, onde não foram evidenciadas interações medicamentosas. Embora mais estudos sejam necessários, os dados parecem indicar que a quercetina apresenta-se como uma candidata promissora no desenvolvimento de terapias para o diabetes.