Resumo: O texto traz considerações relativas às políticas curriculares para o ensino superior e seus desdobramentos para a formação e profissionalização docente. Problematiza as implicações da ampliação do campo de atuação da docência para a constituição do trabalho, profissionalização e formação dos professores, a partir da LDB 9.394/96 e sua concepção de docência ampliada nas dimensões da atuação dos professores, que além do ensino-aprendizagem, compreendem os aspectos da organização pedagógica, gestão escolar e relações da escola com seu entorno. Procura explicitar as contradições que envolvem essa temática: se por um lado as políticas curriculares demarcam a ampliação do campo da docência, exigindo novos conhecimentos, por outro não se amplia o tempo e nem se redimensiona a gestão curricular nas instituições formadoras. Discute a questão do tempo entre duas racionalidades de formação: a técnico-instrumental e a crítico-reflexiva. Assim fica a necessidade de desvelar a racionalidade implícita nas políticas curriculares de formação e a relação com o tempo da formação/profissionalização docente.