Última alteração: 2021-11-11
Resumo
O presente trabalho busca contribuir com a reflexão sobre práticas de leitura tanto no âmbito escolar como fora dele, a partir do entendimento da literatura enquanto um direito fundamental do ser humano, teoria defendida por Antonio Candido (1988). Justifica-se a pertinência dessa discussão, pois considera-se, com base no autor, que a Literatura é uma necessidade básica do ser humano, sob o argumento de que o acesso a ela deve estar ao alcance de todos. Julga-se, nessa ordem, que a não garantia dessa experienciação pode acarretar na constituição de personalidades mutiladas, pois, de acordo com o teórico, a Literatura é ferramenta indispensável para a formulação dos sentimentos e a ampliação da visão de mundo, o que a configura como instrumento indispensável para a libertação e humanização das pessoas. Para Antonio Candido, é impossível, ao ser humano, viver alheio à Literatura, sobretudo sem o contato com a fabulação, visto que sua fruição possibilita a ampliação do entendimento acerca das questões humanas e fomenta uma tomada de posicionamento sobre assuntos inerentes à sociedade. Assim sendo, ela pode contribuir para uma sociedade mais democrática. Essas e outras reflexões serão discutidas por meio de uma análise bibliográfica sobre os estudos do sociólogo e crítico literário Antonio Candido (1988), articulando-as com o argumento de que a biblioteca pública é, no Brasil, espaço privilegiado de acesso ao livro.
Palavras-chaves: Literatura. Direito Fundamental. Democracia.
Eixo Temático: Biblioteca e Democracia.