Caracterizado como um projeto de investigação e resgate de imagem e som de inserção acadêmica, mas também com amplas possibilidades de atuação externa, de cooperação e inclusive conveniamento com instituições de pesquisa e fomento à produção audiovisual da região e do país, o Programa IRIS apresenta no seu conceito gerador e na própria sigla os elementos centrais de sua constituição: a imagem e o som como documentos, a investigação e pesquisa, o resgate e inclusive produção de acervos.
Sem prejuízo à constituição de uma sigla acadêmica, IRIS remete ainda à palavra Íris, num jogo simbólico e semântico cuja origem e consequência não se podem precisar, confundem-se e completam-se nos múltiplos significados que a imagem, enquanto conceito, sugere e abrange.
Talvez o significado mais imediato, pessoal e íntimo que a palavra Íris possa evocar ao sentimento e percepção comuns, remeta ao próprio olhar humano: íris - a membrana arredondada e diversamente pigmentada que regula a pupila, eixo vital dos fachos de luz que irão gerar as imagens do mundo para nós, em nós, tais como percebemos.
Outras acepções da palavra, não menos interessantes, remetem ao arco-íris, as técnicas de fotografia e cinema, às refrações e espectros de cores originados da luz branca, a certos grafismos e cores das asas de borboletas e ainda a alguns gêneros de pedras e flores.
A etimologia do termo (grego: íris, íridos) revela sua origem mítica. Mensageira dos deuses, Íris é a correspondente feminina de Hermes e, como ele, é leve, alada, veloz. Tem um véu que se desdobra nos ares e tem as cores do arco-celeste. Simboliza a ligação entre o céu e a Terra, deuses e homens.
Íris é ainda uma flor primaveril. No Japão lhe conferem papel purificador e protetor; no dia 5 de maio, tomam banho de íris para garantir o resto do ano os favores divinos.