Sinopse
O livro analisa o fenômeno migratório toscano nos estados do sul do Brasil durante o período da "grande emigração" italiana e identifica o papel desempenhado especialmente nos principais centros urbanos envolvidos, no final do século XIX, em um processo massivo de expansão demográfica e modernização. A dinâmica migratória refere-se, em grande parte, à área Apenina e Subapenina do noroeste da Toscana, um território caracterizado por uma antiga tradição de mobilidade sazonal, uma vez que permaneceu excluído do sistema agrário de parceria e marcado por uma excessiva fragmentação da propriedade da terra. Embora, nas estatísticas gerais do período em questão, a Toscana ocupe apenas o sexto lugar entre as regiões italianas que contribuíram para os fluxos em direção ao Brasil, o papel desses imigrantes não foi, certamente, marginal. Esta investigação buscou, por meio de inúmeras fontes documentais encontradas em ambos os lados do oceano, destacar a subjetividade cultural e social de uma comunidade relativamente homogênea, que se distinguiu em determinados setores comerciais e artesanais com uma incisividade muito maior do que o peso numérico total expressava.