Sinopse
Nossos desejos e nossas expectativas parecem não se satisfazer, ou jamais se satisfazem, e parecem procurar algo que os satisfaça e que seja como eles, isto é, infinito. Cada desejo remete para um outro desejo, o qual será também relativo não podendo ser plenamente satisfeito. A abertura à infinidade do desejo humano só pode ser preenchida, de fato, por algo ou alguém que seja absoluto. O "abismo" infinito só pode ser preenchido por um objeto infinito e imutável, quer dizer, pelo próprio Deus. O amor verdadeiro deseja a eternidade. Toda alegria quer a eternidade, isto é, quer a profundeza da eternidade. Nesse sentido, o desejo de eternidade está nas profundezas de nosso coração e na mais "intrínseca essência" da razão. É o desejo do provisório pela eternidade. O provisório está em constante devir rumo ao definitivo. Assim, só o Absoluto pode marcar os confins da projetualidade humana e, ao mesmo tempo, doar ao ser humano as forças para levá-la a termo.