Todos os dias, eu, com cinco ou seis anos, ao meio-dia, levava a comida que minha mãe fazia. Ela a colocava numa panela para o almoço de meu pai na oficina, para que não perdesse tempo. O percurso era pela rua Ismael Chaves e depois pela rua Pedro Chaves, em direção ao campo de futebol de Galópolis. Um pouco antes do campo, existia uma pinguela que atravessava o arroio Pinhal; por ela eu atravessava o rio e a Estrada Federal para chegar até a carpintaria de meu pai, com o almoço na panela. Fiz esse trajeto durante uns dois anos. Lembro que, durante esse tempo, em Galópolis estava sendo construída a Estrada Federal e, na Europa, estava em curso a Segunda Guerra Mundial.