Esta obra é parte da tese de doutorado e seu conteúdo resulta da interpretação de acontecimentos na trajetória de vida das 11 mulheres eleitas em Caxias do Sul, no período de 1960 a 2014. Por que somos poucas? E, as que conseguiram ser eleitas, quais as condições, em que contexto chegaram a conquista do mandato público? Os acontecimentos destacados na trajetória vivida e as disposições de crer e agir; as circunstâncias favoráveis no processo eleitoral; a unidade e o empenho partidário(s); as relações sempre participativas da candidatura com as bases sociais envolvidas; a novidade, a força e a sensibilidade da mulher simbolizados no saber das mestras, no cuidado das mães, bem como, na qualidade do processo de comunicação estabelecido com setores da sociedade, na trajetória e na campanha eleitoral, contribuíram para a vitória eleitoral. Por que somos poucas? Quem realmente nos representa? Quais são nossas referências e inspirações de liderança? Será que estamos dispostas ou dispostos a conhecer as propostas das mulheres que querem nos representar? Serão os valores dominantes, quer locais ou universais, que nos levam a eleger mais homens? Somos poucas as eleitas, mas muitas na sociedade. Precisamos nos fortalecer! Espero que, na sua leitura critica, nos encontremos para intensificar a luta pelo reconhecimento das mulheres enquanto um direito já expresso na lei.