Sinopse
Como o escopo último da filosofia não é senão o de resolver em conceitos completamente determinados, comunicáveis e comuns a todo pensador, a única coisa de que a humanidade precisa, que o homem nobre desde sempre quis e que conhece através de um sentimento até agora incompreensível; [XVII] como este é o autêntico empreendimento da filosofia como ciência, através daquela tarefa, entendida como escopo, se torna indispensável uma outra, entendida como meio, consistente no alçar a própria filosofia à consistência, à utilidade e à dignidade de uma verdadeira ciência, e em se preocupar, antes de mais nada, com a única coisa de que a filosofia precisa em qualidade de ciência. Ora, esta única coisa é um fundamento. O breve escrito que apresento neste momento ao público não tem que ser nada além de uma contribuição à pesquisa que desejo suscitar sobre aquele fundamento esquecido do porquê de haver tantas doutrinas e do ódio para toda doutrina.