Cada vez que a cascavel troca de pele um pedacinho desta pele fica na extremidade da cauda e ao longo de sucessivas trocas vai formando os anéis. Levando-se em conta que um animal pode fazer mais de uma muda por ano, ou que o guizo pode quebrar, temos a explicação do porquê o número de anéis não corresponde a idade do animal.
As jibóias e sucuris são as grandes serpentes brasileiras não venenosas. Elas matam suas presas por asfixia, ao apertá-las e impedir os seus movimentos respiratórios.
As serpentes não necessitam de alimentação diária como as aves e os mamíferos, pois o seu gasto energético é muito reduzido, uma vez que a temperatura de seu corpo não é constante e não há gasto de energia para produzir calor. As serpentes se alimentam de outros animais (cascavel - roedores; corais - outras serpentes; boipeva - anfíbios: cobras-d'água - peixes; cobra-espada - lesmas)
O veneno é uma mistura de diversas substâncias que, quando separadas, e utilizadas em doses reduzidas podem auxiliar na cura de doenças. Algumas doenças já são tratadas através de medicamentos à base de proteínas dos venenos ofídicos e outras estão em fase de experimentação. A hipertensão e epilepsia são exemplos de doenças que podem ser tratadas com estas substâncias. Também já se realizam experimentos com a utilização de substâncias à base de proteínas dos venenos ofídicos em cicatrizações cirúrgicas.
O soro antiofídico é o único meio comprovadamente eficaz de tratamento de pessoas picadas por serpentes venenosas. Ele é feito inoculando-se pequenas e sucessivas doses de venenos em cavalos. O animal vai aos poucos fabricando anticorpos e adquirindo resistência a doses maiores de veneno.
Depois de algum tempo recebendo doses adicionais de veneno o cavalo sofre um processo de sangria (retirada de parte de seu sangue), aí se processa a separação do sangue: plasma (parte líquida) e elementos figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas sangüíneas). O plasma que contém as proteínas fabricadas pelo organismo do cavalo para neutralizar a ação do veneno (anticorpos específicos) é purificado e utilizado na fabricação do soro.
Quando alguém recebe o soro antiofídico está recebendo o plasma do cavalo repleto de anticorpos que auxiliarão o organismo do acidentado a se defender da ação do veneno. As células sangüíneas, como não são utilizadas na fabricação do soro são devolvidas ao organismo do cavalo a fim de preservar o animal o máximo possível.
O soro antiofídico é distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde e não está disponível em todos os hospitais. Procure informar-se na sua cidade, sobre qual o hospital possui o soro e divulgue esta informação.
O reconhecimento da serpente é importante na aplicação do soro, pois a especificidade do soro e a rapidez no atendimento são fatores que aumentam muito as chances de sucesso do tratamento.