Concerto da Primavera reúne cerca de 2 mil pessoas aos sons da Tropicália

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 22/10/2017 | Editado em 23/10/2017

As expectativas eram altas, tanto para o início do espetáculo quanto para que a garoa, que se estendia desde o início da manhã, cessasse. A chuva fina não parou e o frio se intensificou até o início do espetáculo, mas o clima não afastou o público caloroso que compareceu na Universidade de Caxias do Sul neste domingo, 22 de outubro, para acompanhar a Orquestra Sinfônica da UCS. Quem marcou presença foi premiado com o sol, que apareceu no encerramento do espetáculo. O Concerto da Primavera, nesta 11ª edição comemorativa aos 50 anos da UCS, 45 da Unimed Nordeste/RS e também aos 50 anos do surgimento da Tropicália, foi realizado ao ar livre no Campus-Sede da UCS, no estacionamento em frente à UCSTV, reunindo cerca de 2 mil pessoas.

[Mais imagens do evento disponíveis no Flickr da UCS.]

Às 10h30, os guarda-chuvas já coloriam e lotavam o espaço em frente ao palco, e as pessoas ocupavam também as áreas cobertas nas proximidades. Durante cerca de uma hora e meia o público pôde voltar no tempo até a segunda metade da década de 1960, vivenciando a música tropicalista por meio de um repertório repleto de clássicos da época. Sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt, o espetáculo contou com as participações especiais do Coro da UCS (com regência de Anita Campagnolo e técnica vocal de Ricardo Barpp) e dos solistas Cibele Tedesco, Tita Sachet, Mozer Oliveira e Rafa Gubert.

O reitor Evaldo Kuiava celebrou a abertura do 11º Concerto da Primavera. “Agradecemos a parceria com a comunidade, que sempre nos apoia e está presente no evento”, afirmou. Costurando as performances, a narrativa do roteirista, o jornalista Nivaldo Pereira, contextualizou a história de cada música e sua época. “Viva a música, viva a arte”, exaltou Pereira. “A Tropicália ajudou a redefinir o Brasil como um país de diversidades culturais e sempre aberto às novas influências”, definiu.

A orquestra brindou o público, que aplaudiu de pé e pediu bis, com mais duas músicas. “Estou emocionado em ver o povo que vem na chuva, no sol, no vento e no frio assistir arte. É realmente incrível!”, comemorou o maestro Manfredo Schmiedt, exaltando a postura e o pensamento compartilhado por espectadores, músicos, solistas e instituições de que a arte é muito importante.

Com entrada franca, o Concerto da Primavera teve realização e apoio cultural da UCS e da Unimed Nordeste-RS, com financiamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Experiência em família

Carioca radicada em Caxias do Sul há quatro anos, Roberta Magalhães marcou presença com seu filho Heitor, de um ano e meio, além de sogra, Viviane Magalhães, e da amiga Alexia Bueno. Roberta conta que eles costumam visitar a UCS aos finais de semana e que é a primeira vez de Heitor em uma apresentação da Orquestra, que acompanhou no colo da mãe. “Ele ama música e até já dançou hoje. É um programa diferente e muito bacana”, avalia.

Repertório

O programa contou com Arrastão – Edu Lobo e Vinicius de Moraes (Arr. Alexandre Ostrovski Jr.), A Banda – Chico Buarque (Arr. Daniel Wolff), Disparada – Geraldo Vandré e Téo de Barros (Arr. Alexandre Ostrovski Jr.), Quero que Vá Tudo pro Inferno – Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Arr. Gilberto Salvagni), Tropicália – Caetano Veloso (Arr. Gilberto Salvagni), Domingo no Parque – Gilberto Gil (Arr. Gilberto Salvagni), Alegria, Alegria – Caetano Veloso (Arr. Alexandre Ostrovski Jr.), Ponteio – Edu Lobo e Capinam (Arr. Alexandre Ostrovski Jr), Roda Viva – Chico Buarque (Arr. Daniel Wolff), Travessia – Milton Nascimento e Fernando Brant (Arr. Alexandre Ostroviski Jr.), Panis et Circensis – Gilberto Gil e Caetano Veloso (Arr. Gilberto Salvagni), Baby – Caetano Veloso (Arr. Gilberto Salvagni), Divino Maravilhoso – Gilberto Gil e Caetano Veloso (Arr. Gilberto Salvagni), Aquele Abraço – Gilberto Gil (Arr. Alexandre Ostrovski Jr.), Desde que o Samba é Samba – Caetano Veloso (Arr. Gilberto Salvagni) e Brasil – Cazuza, George Israel e Nilo Romero (Arr. Alexandre Ostrovski Jr).

Crédito: Lais Dal Picolli