Modernização dos processos de ensino: docentes participam de oficinas de formação continuada.
Atentos ao novo momento na Universidade de Caxias do Sul – com a reestruturação dos cursos de graduação que estabelece a modernização dos processos de ensino com o uso das metodologias de “aprendizagem ativa” – aproximadamente 800 professores da Instituição participam, desde a última segunda-feira, 19 de fevereiro, até o dia 26 de fevereiro, de atividades de formação continuada para a qualificação docente. São mais de 40 oficinas, que ocorrem pela manhã, tarde, vespertino e noite, que levam os professores a refletir sobre o seu papel dentro deste novo processo introduzido na UCS, alinhado estrategicamente aos objetivos e diretrizes institucionais.
Para a Coordenadora Pedagógica da Universidade, professora Flávia Costa, “é preciso entender a reforma curricular sob o ponto de vista sistêmico e a importância do papel do professor no engajamento às diretrizes institucionais, sobretudo no entendimento do papel que ele ocupa e de que forma irá contribuir para o projeto institucional da UCS”. Estas oficinas – que antecedem o início do período letivo, que se inicia no dia 1º de março – buscam preparar e envolver os professores neste clima de inovação pelo qual passa a Universidade. São oficinas temáticas que atendem às seguintes dimensões formativas: Atividade docente (Docência no Ensino Superior); Estratégias e métodos (aprendizagem ativa, inspirado na visão da Pedagogia da Inovação, com a integração de conhecimentos interdisciplinares na busca de soluções para demandas reais); Elaboração e uso de recursos didáticos; Projetos e programas institucionais; Qualificação docente para novos currículos (para docentes do primeiro semestre dos novos currículos).
Quanto ao encontro nessas oficinas – realizadas por meio do Programa de Formação para Professores – Flávia Costa afirma que “é o momento em que os professores estão com seus pares, compartilhando experiências sobre como planejam suas aulas, definindo ações em conjunto num processo de uma reflexão para uma construção coletiva”.
As atividades não param na próxima semana. Dentro do projeto de reestruturação curricular há a proposta de ciclos de formação. “Temos desafios para este ano: o de implementar os novos currículos na sala de aula; de ampliar experiências de formação continuada aos docentes; de desenvolver competências pedagógicas que lhes possibilitem criar situações de ensino adequadas às características e às necessidades dos acadêmicos; e de oferecer ambientes de aprendizagem diferenciados”, destaca a coordenadora Pedagógica.
Flávia Costa aponta os desafios para os próximos anos, citando o sociólogo Andy Hargreaves: “Promover a aprendizagem cognitiva profunda, aprender a ensinar por meio de maneiras pelas quais não foram ensinados, comprometer-se coma aprendizagem profissional contínua, trabalhar e aprender em equipes de colegas, desenvolver e elaborar a partir da inteligência coletiva, construir a capacidade para a mudança e o risco, estimular a confiança nos processos”.
Experiências
A vivência e a troca de experiência entre seus colegas também foi apontada pela professora Marliva Vanti Gonçalves, que atua no curso de Jornalismo e na equipe da Educação a Distância, como pontos enriquecedores na participação dessas oficinas. Além de ministrar a oficina “Roteirização de videoaulas”, a docente participa da atividade TDE – Trabalho Discente Efetivo, que será implantada nesta reestruturação curricular. A saber: o TDE é uma atividade acadêmica extraclasse desenvolvida pelos discentes em horários diferentes daqueles destinados às atividades presenciais, a partir da orientação de docentes em período de aula.
Marliva destaca que “participar das oficinas é um processo enriquecedor, que proporciona a troca de experiências, o esclarecimento de dúvidas. Nosso trabalho é entender a proposta da Reitoria para que, lá na ponta, na sala de aula, possamos fazer o melhor”.
A professora Silvana Boone, coordenadora do curso de Artes Visuais – Bacharelado e Licenciatura, tem participado da qualificação dos professores que atuarão nos novos currículos desde novembro do ano passado e, nesta semana, integra a oficina TDE – Trabalho Discente Efetivo na área de Artes. “A participação dos docentes nas oficinas é fundamental. É o momento de esclarecer dúvidas. As oficinas estão bem organizadas, os professores estão recebendo a formação essencial. Esse tempo, que antecede o início do semestre letivo, é muito importante. Quem me conhece sabe que sou uma entusiasta e precisamos inovar”.
Do Campus Universitário de Vacaria, o professor do curso de Ciências Contábeis, Marco André Pegorini, está inscrito em sete oficinas, além do TDE. Para ele, “esta é uma experiência rica no sentido de aproximar o professor do novo momento da Universidade. Essas oficinas contribuem diretamente para a atuação do professor em sala de aula, pois o conectam com a juventude tecnológica existente nos dias de hoje”.
Fotos: Claudia Velho