‘Caminhos da Mobilidade Elétrica’ é tema de evento promovido pela UCS

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 02/09/2021 | Editado em 02/09/2021

I Fórum BraCham – UCS iNOVA – MobiCaxias busca discutir e potencializar ações para mudar a matriz energética dos veículos com base na experiência de grandes empresas brasileiras no exterior.

Palestra explorou os impactos que a mudança de matriz energética dos veículos têm para o meio ambiente e para a sociedade.

A mudança da matriz energética dos veículos no mundo todo é mais necessária do que nunca. Tecnologias alternativas já são realidade em alguns países e podem ser aplicadas e desenvolvidas também pela indústria nacional. Para discutir e potencializar ações que tornem essas tecnologias realidade também no Brasil, a Universidade de Caxias do Sul promoveu nesta quarta-feira, 1º de setembro, o I Fórum BraCham – UCS iNOVA – MobiCaxias, com o tema ‘Caminhos da Mobilidade Elétrica’.

A Agência de Inovação da UCS – UCS iNOVA, a BraCham – Associação Brasileira de Indústria, Comércio e Inovação na China e o MobiCaxias – Associação Mobilização por Caxias do Sul são os articuladores do evento e os responsáveis por conduzir a discussão. A ideia é que, com base na experiência de grandes empresas brasileiras no exterior, a indústria nacional comece desde já a desenvolver projetos inovadores na área da mobilidade elétrica.

Experiência das empresas + Expertise da Universidade

Engenheira Lourdes Cristina Printes.

A diretora de Inovação e Tecnologia na Indústria e Comércio da BraCham, a engenheira Lourdes Cristina Printes, conduziu o evento. A Associação, que tem como missão articular os interesses coletivos dos empreendimentos brasileiros, atuando como foro de congregação da comunidade brasileira na China, iniciou, com o Fórum, suas atividades em território nacional. Ela será mais uma entidade residente no Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da UCS (TecnoUCS).

Entre as mais de 130 empresas associadas à BraCham estão gigantes e líderes de segmentos, como Vale, Petrobras, Embraer, Embraco, Itaú, Simerx, Marcopolo, Fras-le, Shulz, Renner, Suzano, WEG, Hering, Embrapa, JBS, Bovespa e Invest SP. “A BraCham traz a rica experiência internacional de seus associados, e a UCS traz a estrutura e a expertise para a pesquisa e inovação. Assim, temos a tecnologia e a possibilidade de desenvolvê-la em território nacional, diminuindo os custos, facilitando os investimentos e valorizando o que é produzido no nosso próprio país”, ressaltou Lourdes.

Conforme a engenheira, o Brasil está atrasado em termos de mobilidade elétrica. “Alguns países da Europa já planejam suspender totalmente a circulação de veículos movidos a combustíveis fósseis nos próximos 5 anos. No Brasil, por enquanto, somente São Paulo tem investido nisso. Estamos atrasados e precisamos dessa parceria da BraCham com a UCS iNOVA e o MobiCaxias para acelerar o investimento em mobilidade elétrica em mais cidades brasileiras”, destacou.

Secretário-executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo, Antonio Fernando Pinheiro Pedro.

Exemplos de São Paulo e da China
O secretário-executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo, Dr. Antonio Fernando Pinheiro Pedro, explorou os impactos que a mudança de matriz energética dos veículos têm para o meio ambiente e para a sociedade. O município de São Paulo possui um Plano de Ação Climática 2020-2050 que busca, entre outras ações, zerar a emissão de gases de efeito estufa até 2050. Conforme o secretário, a frota de São Paulo, que representa 25% da frota nacional, é responsável, atualmente, por 68% das emissões. Pinheiro reforçou que, para concretizar o plano, é necessário todo o apoio dos órgãos públicos, associações e instituições de ensino. “Sabemos que nossas metas são ousadas, porém são mais do que necessárias”, enfatizou.

Diretor técnico da empresa TES Technology Engineering Smart Solutions, da unidade de Shanghai, na China, engenheiro Everton dos Santos.

Também discursou no fórum o diretor técnico da empresa TES Technology Engineering Smart Solutions, da unidade de Shanghai, na China, engenheiro Everton dos Santos. Ele explicou que trabalha à frente de projetos de tecnologia aplicada ao desenvolvimento de veículos elétricos. Tanto o secretário-executivo de São Paulo quanto o diretor técnico da TES apresentaram e destacaram rotas tecnológicas alternativas e limpas, como o etanol, o gás natural, o biometano, o hidrogênio verde e a eletricidade.

Diretor executivo do MobiCaxias, Rogério Rodrigues.

O diretor executivo do MobiCaxias, Rogério Rodrigues, pontuou que, com os exemplos de São Paulo e da China, a ideia é que essas rotas também podem ser desenvolvidas e aplicadas em Caxias do Sul. Neste sentido, contribuíram profissionais de empresas da região: o coordenador de Engenharia da Marcopolo Brasil-China, Eng. Fabio Mascarenhas Moreira, o coordenador de Engenharia da Suspensys, Eng. Carlos Eduardo Michelin Beraldo, e o coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza, que apresentaram o que já vem sendo desenvolvido localmente em termos de tecnologia e mobilidade elétrica.

O diretor global de Engenharia da WEG, Eng. Rodrigo Fumo Fernandes, também compartilhou o que a empresa multinacional brasileira com sede em Santa Catarina desenvolve na área.

Reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava.
Presidente do MobiCaxias, Carlos Zignani.

Solenidade

O reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava, celebrou a parceria. “A missão das universidades é produzir pesquisa e conhecimento em todas as instâncias, mas somos apenas parte do sistema. Precisamos dessa união com órgãos, empresas e movimentos para materializar o conhecimento produzido”, pontua.

Para o presidente do MobiCaxias, Carlos Zignani, o fórum vai ao encontro do objetivo do Mobi, que é acompanhar e promover ações que ampliem o desenvolvimento econômico-social de Caxias do Sul. Também participaram do evento o cônsul-geral do Brasil em Xangai, Gilberto Moura, o presidente da BraCham, Henry Osvald, o vice-presidente da BraCham, Jessé Guimarães, e o engenheiro Vilson Neumann Machado.