Pesquisadores do CARVI desenvolvem projeto de exoesqueleto robótico.
Tecnologia, desenvolvida por professores e estudantes do Campus Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI), pode ter grande importância para processos de recuperação clínica de pacientes.
Em dezembro de 2018, um grupo de professores e acadêmicos dos cursos de Engenharias do CARVI deverá concluir um projeto que reúne conhecimentos das áreas de robótica, interface cérebro-máquina e tecnologia assistiva com o objetivo de para proporcionar mobilidade autônoma para pessoas com limitações físicas de locomoção. Trata-se do “Exoesqueleto Robótico controlado por sinais de Eletroencefalografia”, isto é, controlado por sinais cerebrais. Atualmente, o projeto está em fase de finalização de sua estrutura mecânica.
Segundo professor Alexandre Mesquita, que coordena o projeto, “o exoesqueleto robótico é uma estrutura de membros inferiores no qual o paciente será inserido e, através de uma touca especial, acionará a sequência de passos através de pensamentos específicos. O projeto busca oferecer a oportunidade do exercício cerebral para atividades motoras de caminhada, que pode ter grande importância para processos de recuperação clínica de pacientes”.
O projeto tem a colaboração dos professores Vagner Grison e Marilda Spíndola e está vinculado ao Mestrado Profissional em Engenharia de Produção. Participam também acadêmicos de Engenharia Mecânica, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica e Engenharia Eletrônica.
A pesquisa tem apoio do Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com bolsas de iniciação tecnológica e verba para aquisição de materiais e equipamentos, como a impressora 3D que produz peças específicas do exoesqueleto. “As empresas da região também são nossas parceiras, na forma de serviços e doação de materiais e equipamentos. Destacam-se Geremias Redutores LTDA, Imobras Indústria de Motores Elétricos e Mesal Máquinas”, destaca Alexandre Mesquita.
O Exoesqueleto Robótico – um projeto que começou a ser desenvolvido no ano passado – é mais uma iniciativa do grupo da área de Tecnologia Assistiva da UCS que, nos últimos anos, vem se destacando no desenvolvimento de tecnologias de mobilidade, gerando reconhecimento científico e interesse da comunidade. Alexandre Mesquita cita a cadeira de rodas controlada por movimento de pescoço (cervical), que venceu o IV Prêmio Nacional Caixa de Projetos Inovadores, em 2012, e a cadeira de rodas controlada pelo movimento dos olhos (EOG), apresentada em congresso na Itália.
Fotos: Divulgação da equipe.