Caxias do Sul perde o olhar documental de Aldo Toniazzo
Profissional atuou por 35 anos na UCS e prestou grande contribuição ao Instituto Memória Histórica e Cultural
Faleceu nesta quarta-feira, 19 de março, o fotógrafo Aldo Toniazzo, aos 85 anos. Ele atuou por 35 anos na Universidade de Caxias do Sul, até 2019, prestando grande contribuição ao Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC). A trajetória na Instituição começou no Programa Elementos Culturais da Imigração Italiana no Nordeste do Rio Grande do Sul (Ecirs) e a temática da imigração norteou a produção fotográfica para a UCS.
“Seu olhar documental, de etnofotógrafo, como gostava de definir, deixa um legado de enorme contribuição para a memória visual da região, com imagens que impressionam pela sua capacidade de síntese, de relação de diálogo e de respeito com os retratados, qualidade e domínio técnico, e por sua sensibilidade em representar e elevar a cultura regional e a identidade cultural das pessoas e locais”, descreve o diretor do IMHC/UCS, Anthony Beux Tessari.
Porém, a atuação de Toniazzo não se limitou à cultura italiana. O fotógrafo trabalhou em diversos projetos de preservação do patrimônio cultural, como a realização de inventários em localidades onde foram construídas usinas hidrelétricas e barragens no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Sócio-fundador do Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul, construiu uma trajetória premiada na fotografia, em concursos e bienais nacionais. Além disso, publicou diversas imagens em livros e realizou exposições que estiveram em diferentes pontos do Brasil e na Itália.
Toniazzo também se formou em Odontologia, profissão que exerceu em paralelo com a fotografia.
Neste acervo de fotos do IMHC podem ser conferidas algumas imagens feitas pelo fotógrafo.
Foto: Acervo Familiar