As mestrandas Dalila Bordignon e Nathália Mussatto Rizzon desenvolveram material de conscientização para a melhora do espaço de trabalho e social de pessoas com deficiência.

Com objetivo de fazer uma integração e a transposição de conhecimentos da academia para a sociedade, foi proposto para os estudantes do Mestrado Profissional em Psicologia a criação de um material esclarecedor e orientativo, direcionado a diferentes populações/faixas etárias, para ser socializado com a comunidade.

O trabalho foi proposto pelas professoras Rossane Frizzo de Godoy e Tânia Maria Cemin na disciplina de “Processos Psíquicos e suas implicações Clínicas”. 

Para a atividade, as mestrandas Dalila Bordignon  e Nathália Mussatto Rizzon criaram o projeto chamado “Capacitismo: cartilha para organizações” visando à conscientização sobre as dificuldades encontradas pelas pessoas com deficiência nos diversos âmbitos da sociedade, principalmente nos ambientes corporativos. A cartilha conta com aprofundamento metodológico e a perspectiva na área de estudo. Ambas as alunas têm contato com pessoas com deficiência em seu cotidiano de trabalho e, mesmo atuando em áreas distintas, perceberam a conexão das atuações na construção deste material.

“Na Psicologia Organizacional, percebo como ainda temos espaço para evoluir, melhorar e construir uma sociedade mais inclusiva”, destaca Dalila.

Nathália trabalha como psicóloga em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). De acordo com ela, as pessoas com deficiência, especialmente as que acessam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão entre o público prioritário de atendimento. A pesquisa que está realizando no mestrado tem como tema a atuação do psicólogo no CRAS no atendimento à pessoa com deficiência e converge com a proposta da disciplina.

De acordo com as autoras do trabalho, a cartilha é dinâmica e muito instrutiva, explicando o que é o capacitismo, como podemos fazer com que ele não seja uma realidade e os pontos de melhora no ambiente social e  de trabalho. Começando com os dados em relação à presença de pessoas com deficiência na sociedade e as dificuldades a serem extintas. 

O material conta com dicas e orientações que começam pelo básico, abordando o respeito pelas pessoas com deficiência, falando sobre os relacionamentos interpessoais, os feedbacks de grupos e formas de diminuir a complexidade de acesso ao ambiente de trabalho, o direito de ir, vir e viver livremente e de forma comum, como qualquer pessoa.

No final da cartilha há a oportunidade de reflexão sobre o nosso papel na construção de uma sociedade inclusiva, pois “ A deficiência é uma forma, dentre tantas, de existir, sendo assim, as pessoas portadoras das mais diversas deficiências querem e merecem respeito”, destaca Nathália.