A cerimônia de entrega dos aventais aos acadêmicos de Medicina que ingressaram na Universidade neste semestre marcou, no dia 22 de março, as atividades de acolhimento e boas-vindas ao estudantes, que com seus colegas e professores irão comemorar este ano o aniversário de 50 anos do curso. Em 1968, a primeira turma do curso também participou da festa de entrega de chapéus aos calouros. Os tempos mudaram, mas os rituais permanecem e ganharam ênfase há dois anos com a implantação do Programa Mentoring Med, através do qual os professores  do curso “adotam” os novos alunos, passando a ser seus mentores durante toda a trajetória acadêmica. As tradições se renovam com a entrega dos jalecos durante a Cerimônia do Avental.

O programa Mentoring Med, coordenado pela professora Ana Paula Agostini, é a oportunidade de fazer com que alunos e professores possam conviver com maior proximidade e com o objetivo de trocar experiências. “Os professores, por já terem passado pelo curso, auxiliam seus alunos a trilharem os caminhos da Medicina com mais serenidade, mostram que o aprendizado não é imediato, que existem momentos de vitória e de derrota; que a resiliência, a persistência e a tolerância são qualidades importantes para ultrapassarmos alguns obstáculos. Por outro lado, também aprendemos com os alunos que nos mostram seu ponto de vista frente a algumas situações pertinentes ao curso. Nossa função de professor mentor é guiar, acolher e fornecer apoio moral e pessoal, mas deixar o aluno encontrar as soluções por conta própria”, explica Ana Paula.

“A Cerimônia do Avental é um ritual de passagem que marca a entrada dos novos alunos na comunidade acadêmica. É um momento de integração de pais, alunos e professores. A intenção deste momento é reiterar o quanto o curso exige dos alunos em termos de aprendizado e ao mesmo tempo oferecer o suporte dos professores”, destaca a coordenadora do Programa.

Atualmente, 11 professores do curso de Medicina integram o Mentoring Med. Cada professor atende de cinco a sete alunos em encontros mensais. O Programa conta ainda com o apoio e o suporte de duas psicólogas.

O professor Petrônio Fagundes de Oliveira Filho, egresso do curso e integrante da primeira turma de 1968, falou aos estudantes sobre a história e a trajetória do curso nesses 50 anos. Petrônio, que participou da formação de vários professores que hoje são seus colegas na docência, ressalta que sua maior satisfação é a de viver, “de me dar conta que faço parte de um processo de uma grande universidade. Tenho a sensação de missão cumprida, pois tinha o objetivo de trabalhar para as pessoas e ajudar essa universidade a crescer. Minha maior alegria é de pertencer à UCS, ter orgulho de ter sido um participante nesta história. E ver, nestes 50 anos do curso, que o mesmo tem a estrutura de uma escola de Medicina respeitada”.

Na foto, o professor Petrônio, em 1988, durante uma aula prática de Pediatria no Ambulatório Central.