“Podemos transformar Caxias em uma das melhores cidades para inovar, empreender e investir”, conclama novo gestor do TecnoUCS

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 17/12/2021 | Editado em 25/01/2022

Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento, administrador, contador e consultor em gestão estratégica empresarial, César Panisson projeta contribuição para o desenvolvimento do ecossistema de inovação a partir da inovação institucional e também da conexão externa com diversos atores.

“Um habitat de inovação permite a integração da quádrupla hélice e procura unir talento, tecnologia, capital financeiro e conhecimento para alavancar o potencial empreendedor e inovador de todos os envolvidos: empreendedores, pesquisadores, inovadores, empresas, governos, entidades do terceiro setor e universidades”. É assim que o novo gestor do TecnoUCS – Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul, César Panisson, pensa a relação entre empresa, sociedade e universidade. Egresso do curso de Administração da UCS, conexão da qual muito se orgulha, Panisson volta à casa que lhe habilitou a compreender a dinâmica dos negócios e a sua relevância para o desenvolvimento regional e do país.

O TecnoUCS é o Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul. É um hub para a realização de projetos e parcerias estratégicas, e um ambiente para empresas residentes, startups e spinoffs conviverem e atuarem de forma ativa no ecossistema de inovação. O foco do TecnoUCS é na infraestrutura, nas condições e nas conexões necessárias para que os negócios se desenvolvam.

Para ele, o TecnoUCS, como um ambiente de inovação, consiste em espaço com processos que permitem a formação de redes que atuam em um estado de colaboração no contexto do ecossistema de empreendedorismo inovador, em que os atores partilham informações, experiências e conhecimento, comunicam-se e cooperam de forma coordenada, comprometidos com a conquista de objetivos em comum em torno do futuro almejado para os seu negócios e também para o desenvolvimento de Caxias do Sul e região.

“Me sinto muito feliz por ter a oportunidade de contribuir com esse desenvolvimento por meio do TecnoUCS. Vi Florianópolis se tornar a terceira cidade mais atrativa para fazer negócios, ultrapassando São Paulo, mesmo tendo suas limitações geográficas e ambientais. Tenho certeza que Caxias do Sul, em breve, despontará nesses rankings pelo seu espírito empreendedor e diversificação econômica. Juntos, poderemos transformá-la em uma das melhores cidades para morar, estudar, inovar, empreender e investir. Isso é o que me trouxe para cá e me move em busca de conexões que partilham desse mesmo futuro almejado. Contem comigo, com o TecnoUCS e com a UCS nessa construção”.

Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento do ecossistema de inovação caxiense a partir da inovação institucional e também da conexão externa com diversos atores. Por meio da infraestrutura propícia, que TecnoUCS siga se consolidando como um verdadeiro habitat de inovação, local de compartilhamento de conhecimento e formação de redes que permitem o teste e desenvolvimento de soluções inovadoras, minimizando os riscos e maximizando os resultados dos negócios associados ao Parque Tecnológico.

Trajetória e atuação

Após a conclusão da graduação em Administração, na UCS, Panisson abriu seu primeiro negócio, de consultoria de custos e finanças. À conexão com a UCS, atribui grande importância, pelo contato com professores que deram suporte à sua fase inicial como empreendedor. Encontrou seu propósito como administrador nessa época, conforme recorda, ao trabalhar na recuperação financeira de uma empresa que estava passando por um período de grande dificuldade. Percebeu que “ao colaborar para o desenvolvimento dos negócios, consequentemente estaria colaborando para o desenvolvimento da região”.

Para isso, considerou a necessidade de buscar mais conhecimentos. Realizou uma segunda graduação em Florianópolis, MBA em Consultoria e Gestão Empresarial e ingressou no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) da UFSC, onde concluiu mestrado e doutorado.

No município de Florianópolis, deparou-se com um ecossistema de empreendedorismo “inovador pulsante, com uma dinâmica de criação de negócios nascentes (startups) muito interessante. Como administrador, contador e consultor em gestão estratégica empresarial, tenho atuado em diversos projetos colaborando no desenvolvimento de empresas inovadoras de base tecnológica e programas de inovação em diversas empresas e organizações. Numa visão ecossistêmica, atuo também em cooperação técnica com entidades municipais, estaduais e instituições de desenvolvimento que buscam fomentar a inovação para o desenvolvimento regional.”

Cenário pós-pandêmico

O cenário, ao que tudo indica, pós-pandêmico, consiste em período de transformação social em diversos aspectos, pontua o gestor, incluindo a transição para uma economia baseada no conhecimento – ele como ativo de agregação de valor para empresas, possibilitando a criação de novos modelos de negócios em que a inovação é a variável estratégica fundamental para a competitividade e a sobrevivência das empresas. Para além disso, conforme considera, a inovação também deve estar pautada no desenvolvimento de soluções para resolução dos problemas enfrentados por toda sociedade. “Portanto, a tecnologia é um meio para agregar valor a todas as áreas e setores, apontando significativas oportunidades para empreendedores com visão para gerar novos negócios viáveis e sustentáveis que geram qualidade de vida para a sociedade e desenvolvimento econômico para a região. O TecnoUCS é um instrumento para que as empresas e organizações inovem nos seus produtos, processos e também em novos modelos de negócios, aproveitando as oportunidades que surgem em momentos turbulentos como o que estamos vivenciando, permitindo que isso ocorra de forma acelerada”, conclui.

Recepção

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UCS, professor Juliano Rodrigues Gimenez, expressa alegria e expectativas positivas na recepção do novo coordenador do TecnoUCS, que passa a integrar a equipe da Agência de Inovação UCSiNOVA. “Sua qualificação, empenho, energia e motivação estão altamente conectados com o nosso ecossistema de inovação. O TecnoUCS, como uma das dimensões desse ecossistema (juntamente com IdeiaUCS, StartUCS e CatalisaUCS), é responsável por conexões com as empresas, materialização de hubs de inovação, dos espaços de coworking e também da incubadora tecnológica. Juntamente com as demais dimensões, o foco é estabelecermos um ambiente sinérgico e ativo para que possamos cada vez mais, de forma ágil, atender às demandas institucionais e da sociedade em prol da inovação”.

Para Gimenez, Panisson chega com a marcante característica de atuação em um ecossistema efervescente, e sedento a novos projetos e ações. “Não temos dúvidas de que será muito bem acolhido e encontrará solo fértil para a proposição de novos projetos, para integrar equipes e motivar as pessoas a favor dos propósitos da inovação”.

Expansão da Inovação

No contexto da atuação da Agência de Inovação UCSiNOVA, o pró-reitor Juliano informa que sua expansão para outras unidades da UCS já é foco de diferentes projetos.

Em Nova Prata foi firmado, recentemente, contrato com a Prefeitura Municipal para a mentoria de ideias inovadoras. Vinculada aos programas IdeiaUCS e StartUCS, a iniciativa visa ao amadurecimento de ideias que possam se tornar empresas incubadas, associadas ou até residentes do hub de inovação que será por lá constituído.

No Campus Vale do Caí, há atuação direta e intensa para a reconstituição de hub de inovação, com espaços para acolhimento de empresas, startups e outros atores do ecossistema local de inovação.

Na unidade universitária de Farroupilha, Gimenez adianta que foi startada, com reuniões preliminares, a constituição de um hub, em espaço de coworking já existente, mas que ainda precisa de ativação, e também agora com espaço para hubs de inovação das empresas locais que desejarem se conectar com a UCSiNOVA.

Ainda estão em curso propostas para a constituição de espaços nesse formato nos campi de Guaporé e da região das Hortênsias, esses ainda com maior necessidade de maturação.

No Campus 8 da UCS, em Caxias do Sul, projeta-se a apresentação, no primeiro bimestre de 2022, de um projeto para ativação de espaços de inovação especialmente vinculados ao contexto da economia criativa.

“Todos esses projetos de constituição de espaços, de ações e aproximações contribuem no cumprimento, pela Universidade, do seu papel de Instituição Comunitária de Ensino Superior. A atuação visa colaborar com as localidades na percepção do valor da inovação como um dos elementos-chave para o desenvolvimento sustentável, no mais amplo sentido desse conceito, considerando as perspectivas econômicas, sociais e ambientais, de forma integrada e em prol de ampliar a qualidade de vida das comunidades e da região”, afirma o pró-reitor.