Pesquisa quer diagnosticar os prejuízos e as condições de retomada do turismo
Iniciativa da UCS e da Secretaria de Turismo do Estado pretende mapear o impacto das enxurradas e propor ações de recuperação
Aeroporto Internacional Salgado Filho interditado por tempo indeterminado, estradas bloqueadas, ruas, lojas e restaurantes quase vazios, hotéis com vagas disponíveis. É esse o cenário de muitas das principais cidades turísticas após o Estado ter sofrido sua maior tragédia climática, nas primeiras semanas de maio. Diante disso, a Secretaria de Turismo do Estado e a Universidade de Caxias do Sul estão disponibilizando uma pesquisa para dimensionar os impactos e prejuízos e iniciar ações para restabelecer o turismo gaúcho.
A pesquisa pode ser respondida por profissionais e empresas que de alguma forma prestam serviço para o segmento, mesmo que suas operações não tenham sido afetadas pelas chuvas. “Os dados individuais fornecidos serão tratados de maneira sigilosa e agrupados para estabelecer um quadro geral das condições de localidades e regiões, segmentos e mercados de atuação. Também serão integrados e cruzados com outras bases de dados para aprimorar os diagnósticos realizados, subsidiando e qualificando os planos elaborados pelo Estado, municípios e entidades com vistas à superação das dificuldades geradas por esse evento climático extremo”, explica Michel Bregolin, coordenador do Núcleo de Observação, Desenvolvimento e Inteligência Turística e Territorial (NID ODITT/UCS), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade (PPGTURH) da UCS. O Núcleo e o Observatório do Turismo do RS são responsáveis pela operacionalização da pesquisa.
Bregolin ressalta que quanto antes a consulta for respondida, mais precisa será a identificação das condições de retomada, reorganização, reconfiguração e revitalização de atrativos, empreendimentos e infraestruturas básicas. “A pesquisa permite a edição das respostas à medida em que alguma situação mudar. Assim manteremos o panorama desta situação o mais atualizado possível”, acrescenta o coordenador.
Foto: Claudia Velho/Acervo UCS