Engenharia: Programa CAPES/BRAFITEC oferece bolsas de graduação em universidade francesa.
Bolsas são destinadas a acadêmicos de Engenharia de Materiais, Engenharia Química e Engenharia Mecânica.
A Assessoria de Relações Interinstitucionais e Internacionais recebe, até 28 de abril, as inscrições de estudantes interessados em participar do processo seletivo do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional – CAPES/BRAFITEC – Bolsa de Graduação Sanduíche no Exterior, destinado a estudantes dos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Química e Engenharia Mecânica que desejam realizar um período de estudos de 10 meses na Université de Lorraine, em Nancy, na França.
As bolsas serão implementadas a partir de setembro deste ano e as vagas são para a École Européenne d’Ingénieur en Génie des Matériaux (EEIGM) ou para a École Nationale Supérieure des Industries Chimiques (ENSIC). Os créditos cursados nas instituições francesas poderão ser aproveitados no curso de graduação da UCS. Para os que forem para a EEIGM, haverá a possibilidade de obtenção da dupla diplomação.
Para concorrer à bolsa, os estudantes deverão realizar um teste de conhecimento em língua francesa e obter a nota mínima B1. O teste será realizado pelo Programa de Línguas Estrangeiras da UCS, no dia 28 de abril, às 14 horas.
Segundo o Regulamento do Programa, os seis estudantes selecionados terão o seguinte apoio financeiro da CAPES:
– Auxílio instalação: apoio financeiro no valor de EURO 1320,00 que se destina a contribuir com despesas iniciais de acomodação do estudante.
– Mensalidade no valor de EURO 870,00 a ser creditado mensalmente na conta bancária do bolsista.
– Seguro-saúde, auxílio financeiro proporcional ao período de permanência no exterior para contribuir na obtenção do seguro-saúde. Valor mensal: EURO 90,00.
– Passagem aérea: EURO 2510,00.
Os interessados em participar do processo seletivo devem entregar a documentação no Escritório de Intercâmbio, na Central de Atendimento na Galeria Universitária.
Experiência única
O acadêmico de Engenharia Química, Leonardo Mathias Leidens, encontra-se, até o final deste semestre, na L’école Nationale Supérieure des Industries Chimiques (ENSIC). Ele acredita que todos deveriam ter a chance de participar de um intercâmbio por ser uma experiência transformadora. “A oportunidade de passar este período na França é uma experiência única e tem como consequência um grande crescimento como estudante, profissional e ser humano. Além de viver em um novo país, com uma cultura muito rica e uma língua diferente, podemos conhecer e estar em contato com grandes indústrias, professores e profissionais da área, praticar idiomas (e aprender novos) e absorver novos conhecimentos para superar mais facilmente os desafios futuros da profissão, com ideias e conceitos apresentados de maneira diferente”.
Ele salienta ainda que, com essa experiência, aprende-se a “a superar nossos próprios limites e ganhamos força para encarar as barreiras pessoais, principalmente no período de adaptação, que não costuma ser fácil, mas passa. Aprendemos também valorizar muito mais algumas coisas que só temos de maneira plena no Brasil, como a família e amigos mais próximos. A convivência com estudantes de todas as partes do mundo torna claro algo que, geralmente, podemos duvidar, por insegurança: nós, estudantes da UCS, temos capacidade de encarar os mesmos desafios e crescer da mesma maneira que qualquer um se nos esforçarmos e valorizarmos as oportunidades, pois temos ótimos professores e uma base forte”, conclui.
Valorização à Universidade
Também na França até o final do semestre está Ana Elisa Dotta Maddalozzo, do curso de Engenharia de Materiais, junto à École Européenne d’Ingénieur en Génie des Matériaux. Ela compartilha a opinião de Leonardo de que a experiência é muito enriquecedora. “Tive a oportunidade de conhecer uma nova cultura, novas pessoas, ideologias e valores. Fui capaz de conhecer um ensino superior com métodos de ensino até então desconhecidos, o que me fez adquirir novos domínios e inovações na área de Engenharia de Materiais”.
Para ela, a oportunidade de fazer parte do BRAFITEC “permitiu com que superasse meus limites, enfrentasse minhas dificuldades e mantivesse minha resiliência. A bagagem de sabedoria que adquirimos é gigantesca, não apenas na área científica, mas também pessoal. Fiz novas amizades, troquei experiências e aprendi um pouco mais sobre diversos países. Esse período no exterior proporciona certamente vantagens no mundo profissional, pois adquirimos novos conhecimentos que podemos aplicar em um futuro emprego e na vida acadêmica (sem contar o aprendizado de novas línguas). Não vou dizer que tudo estará sempre bem: sentimos falta da família, dos amigos, da Universidade e temos de nos esforçar muito, mas no final tudo vale a pena. Aprendemos a valorizar ainda mais a UCS, pois trata-se de uma instituição de ensino que fornece uma base forte e nos permite enfrentar esse tipo de experiência”.
Fotos: acervo pessoal e site da L’UL.