Projeto do curso de História reúne memórias da antiga Maesa, patrimônio histórico caxiense

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 29/01/2021 | Editado em 29/01/2021

Site desenvolvido na disciplina de Estágio IV promove educação patrimonial. Rememorar aspectos do trabalho e dos trabalhadores da Metalúrgica Abramo Eberle prevê a reflexão sobre a preservação do patrimônio industrial de Caxias do Sul.

Fábrica 2 – Fundição e Máquinas da Metalúrgica Abramo Eberle S/A (Maesa) nos anos de 1950. Acervo: AHMJSA.

O Projeto Educa Maesa, do curso de História da UCS, promove a educação patrimonial ao socializar com a comunidade, em ambiente virtual, conhecimentos sobre a história do trabalho e dos trabalhadores da Metalúrgica Abramo Eberle, a Maesa.

O estudo foi desenvolvido na disciplina de Estágio IV, durante o semestre passado, entre outubro e novembro, a fim de contextualizar a história do trabalho e dos trabalhadores da Metalúrgica Abramo Eberle; refletir sobre a preservação do patrimônio industrial de Caxias do Sul, notadamente o prédio da Fábrica 2 – Fundição e Máquinas, atualmente conhecido como “Complexo Maesa”, localizado no bairro Exposição; e apresentar diretrizes e propostas de ações educativas de educação patrimonial para serem desenvolvidas durante o processo de uso da área.

O site reúne uma síntese histórica sobre a Metalúrgica Abramo Eberle, suas seções de produção, história oral, com o relato de um dos ex-operários, entrevistas com representantes do poder público, de entidades e coletivos comunitários sobre o potencial da Maesa em diferentes setores, com destaque para a Cultura, a Educação e a Economia Criativa; além de diretrizes e propostas de ações educativas. Ainda, um livro de visitas acolhe contribuições do público que acessa a página visando novas diretrizes e propostas. Acesse para conferir.

Apropriação Coletiva como Espaço Cultural e de Memória

A iniciativa, conforme explica Anthony Beux Tessari, docente e diretor do Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC), vincula-se à atuação do IMHC como órgão da UCS dedicado a ações de preservação da memória e de difusão do conhecimento histórico. “O projeto oportunizou aos estudantes refletir, planejar e construir uma proposta de educação patrimonial que pode contribuir para a apropriação coletiva do Complexo Industrial da antiga Maesa como espaço cultural e de memória”.

Operários da Metalúrgica Abramo Eberle em 1907. No primeiro plano, os aprendizes. Acervo: AHMJSA.

O docente destaca, ainda, que a proposta contribui para a “Comissão Especial de Acompanhamento do Projeto de Uso e Gestão do Complexo Cultural e Turístico Maesa”, criada em 2020 pela Prefeitura Municipal, na qual a UCS tem assento representada por Tessari. O estudo foi apresentado em reunião ordinária em dezembro de 2020.

Nesse contexto, a UCS também integrou a “Comissão Especial para Análise de Uso do Prédio da Metalúrgica Abramo Eberle S.A. – Maesa”, criada em 2014 (além do professor Anthony, foram representantes Odacir Deonisio Graciolli, vice-reitor da UCS, as docentes Mercedes Lusa Manfredini, Maria Gorete do Amaral Gedoz e a então professora da Instituição Luiza Horn Iotti).

Autores
Devido à pandemia, o trabalho dos estudantes foi executado integralmente na modalidade a distância, com aulas e orientações on-line que reuniam alunos e o professor. Assinam o projeto os acadêmicos Alice dos Reis De David, Bianca Mascarello Giotti, Brenda Martins de Matos, Ezequiel Milicich Seibel, Jocimara Strada da Silva, João Pedro Cavalheiro, Juliana Poloni da Cunha, Matheus Pandolfi Martins e Sabrina de Lima Greselle.