Projetos da UCS iNOVA são selecionados para segunda fase do programa Catalisa ITC, do Sebrae

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 30/03/2021 | Editado em 30/03/2021

Edital elencou pesquisas com potencial de inovação para elaborarem planos de negócio com vistas a se tornarem startups. Dentre os projetos classificados, 10 têm relação com a UCS.

O resultado da primeira etapa do edital Catalisa ICT, do Sebrae, foi divulgado na quarta-feira (24), por meio do site da entidade. O edital selecionou pesquisas com potencial de inovação para elaborarem planos de negócio com vistas a se tornarem startups. Dentre as classificadas para a segunda fase do programa, 10 pesquisas se relacionam à Universidade de Caxias do Sul e à Agência de Inovação UCSiNOVA.

O Catalisa ICT é um programa desenvolvido pelo Sebrae que busca fazer a aproximação entre universidades e o mercado. Através de uma jornada de quatro etapas de aceleração, nas quais são oferecidos aos pesquisadores capacitação em gestão, mentorias, fomento a projetos e acesso ao universo empresarial, se torna possível implementar planos e projetos de pesquisas que, a partir de seu desenvolvimento, poderão resultar na criação de negócios inovadores.

A UCS iNOVA divulgou a iniciativa e incentivou que os mestrandos, mestres, doutorandos e doutores submetessem seus projetos. A partir da seleção das propostas, a agência dará suporte aos pesquisadores auxiliando-os nas próximas fases. Fernanda D’ Arrigo, coordenadora de Inovação da UCS iNOVA, conta que está muito contente com os resultados e espera que os projetos se tornem novos negócios, entregando cada vez mais inovação à sociedade.

Os projetos aprovados para a segunda fase do programa e seus respectivos pesquisadores são

– Dispositivo portátil multifuncional para idosos que moram sozinhos – Alexandre Mesquita
– Sistema para gerenciamento do fluxo e estacionamento de veículos em estacionamentos privados – Fábio Verruck
– Plataforma de mapeamento urbano – zoneamento costeiro integrado do litoral do norte gaúcho – Juliana Cainelli de Almeida
– Novas ligas ferrosas autolubrificantes fabricadas por metalurgia do pó para aplicações tribológicas no setor automotivo – María Cristina Moré Farias
– Micoproteínas como plataforma para o desenvolvimento de materiais e alimentos sustentáveis – Marli Camassola
– Cidades inteligentes: uma plataforma integrada para gestão de smart cities – Mayron Dalla Santa de Carvalho
– Sistema weareable para monitoramento de pacientes com paralisia – Mosart Roque Longhi Junior
– Desenvolvimento de mídias abrasivas para processos de polimento – Rodrigo Panosso Zeilmann
– Sistemas poliméricos para liberação de agentes ativos – Silvana Pereira Rempel
– Uso de inteligência artificial para predizer a obesidade na vida Adulta – Vandoir Welchen

Muitos dos projetos aprovados já estão em processo de mentoria, inseridos no StartUCS, pilar da Agência UCS iNOVA desenvolvido para a geração de startups no âmbito da universidade. Segundo o coordenador do StartUCS, professor Fábio Verruck, que também teve um projeto aceito no programa, “é uma grande oportunidade criada para transformar ideias de pesquisa em negócios promissores”. Ele acrescenta que, “com a nova estrutura da Agência de Inovação, a UCS está de portas abertas para ajudar empreendedores e acadêmicos com ideias inovadoras a colocarem seus projetos em prática. Por isso, programas como o Catalisa ICT são um estímulo importante para auxiliar a iniciarem este processo”.

Agora, as ideias aprovadas passam para a segunda etapa do programa, intitulada “Aprender a estruturar” – além de capacitações on-line, os selecionados receberão desafios e demandas para que possam conectar os planos e projetos inscritos a necessidades do setor produtivo e da sociedade. As ideias selecionadas nessa etapa receberão um aporte de R$ 150 mil para validação da solução.

O programa ainda conta com mais duas etapas: “Desenvolver e Testar”, em que poderão receber um novo aporte de R$ 400 mil, e “Inovar e Escalar” na qual chegarão à formalização em uma empresa.

Para Alcir Cardoso Meyer, gestor de Articulação de Projetos de Inovação do Sebrae, há “inúmeros projetos de pesquisa acontecendo dentro das ICTIs, e muitos deles gerando soluções e inovação que já são demandas das Micro e Pequenas Empresas. Investir nesses projetos, de modo a viabilizar sua pesquisa, é potencializar os ganhos em inovação e competitividade das empresas e para as pessoas”.

Confira o depoimento de Vandoir Welchen, que teve seu projeto escolhido:

“Você sempre participa de processos seletivos, editais, chamadas, com a esperança de ser selecionado. Quando não é, vem o sentimento de tristeza, mas logo precisa buscar entender por que sua pesquisa/projeto não foi selecionado. Quando você é selecionado, há uma felicidade e sensação de que está no caminho certo, o projeto tem potencial e exigirá ainda mais esforço e dedicação para entregar o que é proposto.

O Catalisa ICT se mostra um programa diferente dos demais, que busca, antes do fomento, preparar os proponentes para, quem sabe, levar a solução que surge a partir de uma tese/dissertação ao mercado. Quem estuda ou entende a inovação como um processo sabe da importância de se levar uma ideia/invenção ao mercado, para que o novo produto ou melhoria se tornem inovação, de fato. Em outras palavras, a ideia não ficará escrita apenas nas páginas da tese/dissertação, o que geralmente acontece no Brasil, mas poderá solucionar problemas reais da nossa sociedade e trazer oportunidades de mercado diferenciadas a partir do desenvolvimento de soluções inovadoras e apoio das entidades envolvidas.

Acredito que todo suporte/ajuda é bem-vindo, ainda mais de uma instituição como a UCS, que é reconhecida nacionalmente pela inovação. Sobre a UCS iNOVA, acredito que a proximidade para suporte em fases posteriores no auxílio do desenvolvimento do projeto, e a articulação com stakeholders, com pessoas preparadas, com experiência na área e que possam te orientar, farão a diferença.”