Pesquisas sobre produção de grafeno são apresentadas em evento para cadeia automotiva nacional.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 22/11/2019 | Editado em 16/01/2024

Por meio do Programa Rota 2030, Finep anunciou investimento de R$ 270 milhões para apoiar o desenvolvimento de soluções para a indústria automotiva baseadas no uso do material.

Prof. Diego Piazza (E) discorreu sobre projeto de instalação da planta de produção de grafeno em escala industrial pela Universidade de Caxias do Sul.

As pesquisas conduzidas na Universidade de Caxias do Sul para produção de grafeno de alta pureza foram apresentadas no Grafeno no Rota 2030: Soluções para a Indústria Automotiva, realizado na última semana, no Rio de Janeiro. Promovido pela Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), agência pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, o evento conectou representantes da cadeia automotiva com as principais Instituições de Ciência e Tecnologia, startups e empresas que trabalham com aplicações em grafeno no Brasil.

Por meio do Programa Rota 2030, a Finep anunciou apoio ao desenvolvimento de soluções baseadas em grafeno para a indústria automotiva. Como material mais forte, leve, fino e com maior condutividade térmica que existe, e grande condutor de eletricidade, o grafeno desponta como a melhor alternativa para a solução de problemas tecnológicos em diferentes áreas do conhecimento, entre elas, a indústria automobilística.

De acordo com o superintendente de Inovação 2 da Finep, Maurício Syrio, serão ofertados ao todo R$ 200 milhões do Rota 2030, e mais R$ 70 milhões em recursos próprios, ao longo de cinco anos, nas modalidades de recursos não-reembolsáveis a Instituições de Ciência e Tecnologia até investimentos em startups e Fundos de Investimentos e Participações. “O apoio se estenderá por toda a cadeira da inovação, desde a pesquisa básica e aplicada até o desenvolvimento tecnológico, de protótipos e, por fim, à introdução do produto no mercado”, afirmou.

Piazza, Ferrarini e Tonolli participaram de prospecção de oportunidades com instituições de pesquisa, empresas, startups e potenciais clientes.

TecnoUCS e Marcopolo – Dois painéis foram organizados para apresentação dos trabalhos de pesquisa e empreendimentos inovadores na área do grafeno. No primeiro, o coordenador das pesquisas sobre o grafeno na UCS, Diego Piazza, apresentou, em nome do Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação – TecnoUCS, os trabalhos desenvolvido na Universidade para obtenção de grafeno de elevada qualidade e o projeto de implantação de uma planta de produção em escala industrial para transferência de tecnologia aos mercados nacional e internacional em 2020.

No segundo, Joel Vicente Ciapparini, coordenador de Engenharia e Desenvolvimento da empresa Marcopolo – empresa parceira da UCS nas pesquisas e projetos sobre grafeno, participou dos debates sobre os desafios e oportunidades do uso do material na indústria automotiva. “O peso é o nosso maior problema. Estamos acrescentando algo em torno de 1.500 kg para alguns modelos, de forma que buscamos materiais mais leves, que causem menos corrosão, como o alumínio e o grafeno”, informou Ciapparini, exemplificando as demandas e oportunidades do segmento.

Ao final do encontro, um meeting entre as instituições, empresas e startups com os representantes do mercado automotivo, do qual participaram também o coordenador-executivo do TecnoUCS, Enor Tonolli Jr, e o diretor de Relações com o Mercado da Fundação Universidade de Caxias do Sul, Celso Ferrarini, fez a aproximação entre desenvolvedores e potenciais clientes para o reconhecimento de demandas e a criação de soluções a partir do uso do grafeno.