UCS é destaque em ranking de depósito de patentes do INPI

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 13/12/2021 | Editado em 15/01/2024

Instituto Nacional da Propriedade Industrial divulgou os maiores depositantes de pedidos de Propriedade Intelectual de 2020. Universidade é 28ª colocada em nível nacional e segunda colocada no RS.

O desenvolvimento de produtos ou processos que atendam requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial – as patentes de invenção – é resultado das práticas realizadas no âmbito das instituições de Ensino Superior inovadoras, como a Universidade de Caxias do Sul.

Ranking divulgado pelo INPI no mês de outubro comprova essa vocação: a UCS marca presença entre os maiores depositantes de pedidos de Propriedade Intelectual no Instituto Nacional da Propriedade Industrial no ano de 2020. Na lista geral dos depositantes residentes, a Fundação Universidade de Caxias do Sul, mantenedora da Universidade, ocupa a 28ª colocação, pelos 18 depósitos, durante o ano passado (empatados estão a Randon SA Implementos, Universidade Federal de Itajubá e Universidade Federal de Viçosa). Dentre as instituições do RS citadas, a FUCS é a segunda colocada.

Atualmente, o portfólio de inovação da Universidade de Caxias do Sul conta com 135 itens, além dos registros em análise.

Proteção do Conhecimento

O coordenador de Pesquisa da UCS, professor Matheus Parmegiani Jahn, responsável pela gestão dos ativos de propriedade industrial da agência de inovação UCS iNOVA, considera que a UCS ter se mantido entre as principais depositantes de patentes do Brasil nos últimos anos reconhece a qualidade das pesquisas realizadas e o esforço institucional em proteger o conhecimento gerado pelos pesquisadores. “O processo de proteção, por meio das patentes, e a posterior transferência e exploração econômica destas tecnologias, beneficiam a Universidade com a geração de recursos que serão reinvestidos em infraestrutura e melhoria nas condições de pesquisas. Ainda, são importantes indicadores institucionais de inovação, sendo essas atividades muito bem avaliadas, também, como indicadores de qualidade dos nossos programas de Pós-Graduação”, explica. “A proteção e a transferência de tecnologia ainda beneficiam o pesquisador, por representarem importante produção técnica/tecnológica e possíveis ganhos financeiros. Por fim, esse processo acaba beneficiando a sociedade, que terá acesso às tecnologias e aos processos inovadores.”

Confira alguns exemplos de patentes depositadas pela UCS:

Maçãs sem tratamento – acima; tratadas apenas com o óleo essencial – meio; e tratadas com o óleo essencial encapsulado – abaixo. Imagens registradas após dez dias de exposição ao agente causador da podridão amarga.

Nanocápsulas de fungicidas na prevenção da podridão da maçã
Desenvolvimento de nanocápsulas de poliácido lático contendo óleo essencial de capim-limão e avaliação contra fungos fitopatogênicos propõe a elaboração de uma nanocápsula de poliácido láctico contendo óleo essencial de capim-limão, um antifúngico natural para Colletotrichum acutatum e Colletotrichum gloeosporioides, fitopatógenos presentes em diferentes cultivares de maçã, que causam a popular “podridão da maçã”. No ensaio in vivo com maçãs pós-colheita, as amostras tratadas com o óleo essencial em cápsulas mostraram lesões de podridão amarga três vezes menores que as tratadas com o produto não encapsulado. Saiba mais. 

Inventores: Thiago Barcellos Da Silva, Gabriela Antonioli, Sérgio Echeverrigaray Laguna, Gabriel Fernandes Pauletti, Gabrielli Fontanella e Wendel Paulo Silvestre.

Curativos Esterilizáveis
Filme, processo de produção do mesmo e seus usos como curativo de lesões da pele trata de produtos que abrem novas perspectivas para o desenvolvimento de curativos de custo inferior aos importados para a mesma aplicação, de fácil processo de obtenção e esterilizáveis. Em uma concretização, a invenção compreende um filme de PDMS com PHMB, opcionalmente poroso, e um agente reticulante. Os curativos têm potencial para serem utilizados como coberturas protetivas, visando otimizar o processo cicatricial de feridas, minimizando a contaminação da lesão por bactérias e fungos da pele, e com a possibilidade de utilização por mais de uma vez, intercalando com a limpeza em soro fisiológico e álcool 70°, sem comprometer ou remover partes da lesão pela escolha do polímero da proposta e com ação antimicrobiana mantida.

Inventores: Rosmary Nichele Brandalise, Vinicius Victorazzi Lain, Venina Dos Santos, Micael Montemezzo e Micaela Dani Ferrari.

Materiais revestidos com tinta em pó com grafeno.

Tinta em Pó com Grafeno
Composição de grafeno, processo de produção de uma composição, uso de uma composição e processo de revestimento de superfícies refere-se a um composto compreendendo resinas epóxi e grafeno (nanopartículas). O desenvolvimento de um revestimento em pó contendo grafeno, obtido por meio de métodos de mistura simples, sem o uso de solventes tóxicos, torna-se ambientalmente favorável e economicamente viável. Os revestimentos obtidos possuem propriedades multifuncionais como antimicrobianas, anti-incrustação e de absorção de micro-ondas, além de excelente desempenho mecânico. O potencial de uso vai desde revestimento de peças metálicas para uso em geral, até aplicações médicas/de saúde, alimentar e marítimas.

Inventores: Andrielen Braz Vanzetto, Diego Piazza, Ademir José Zattera, Gabriel Gonem De Lima e Marcos Vinicius Marocco.