Valorizando a história e a herança cultural, grupo organizará festejos e atividades ao longo de 2025

Comprometida com a valorização dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, que serão completados em 2025, a Universidade de Caxias do Sul foi convidada a integrar a comissão oficial do governo do Estado criada exclusivamente para organizar a programação de homenagens pelo sesquicentenário. No âmbito caxiense, a UCS preside a comissão dedicada ao mesmo propósito.

O reitor da UCS, professor Gelson Leonardo Rech, e o diretor do Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC) da Universidade, pesquisador Anthony Beux Tessari representam, como titular e suplente, a Instituição no grupo coordenado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado. Presidida pelo secretário da pasta, Fabrício Guazzelli, a comissão reúne órgãos e entidades da administração pública estadual e instituições privadas com o objetivo de valorizar a herança cultural, a história e as manifestações artísticas ítalo-brasileiras, fortalecendo os laços de cooperação entre Brasil e Itália. A contribuição da UCS ao registro histórico da cultura da imigração italiana é tradicional e robusta, tendo resultado em muitas publicações, como refere o reitor, que credita a essa dedicação institucional permanente a presença da Universidade no comitê.

A programação de atividades para 2025 visa enaltecer de forma significativa a data que é marco à construção da identidade cultural e econômica do Estado. A primeira reunião, no dia 12 de setembro, no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, contou com a presença do cônsul-geral da Itália no Rio Grande do Sul, Valério Caruso. Na ocasião, representando a UCS, o professor Tessari falou sobre a produção do Álbum dos 150 Anos da Imigração Italiana no RS, com lançamento previsto para maio de 2025, e a organização do VI Simpósio Internacional e XIV Fórum de Estudos Ítalo-Brasileiro, evento científico tradicional da área realizado pela Universidade desde 1975.

Imigração italiana no RS

O ano de 1875 é considerado, na maioria das publicações alusivas ao tema, como o marco inicial da imigração italiana no Rio Grande do Sul. Naquele ano, em 20 de maio, se instalaram na localidade de Nova Milano (atualmente distrito de Farroupilha) as primeiras famílias de imigrantes para ocupar as terras destinadas pelo governo brasileiro para a colonização italiana no estado. Inicialmente, quatro colônias foram criadas para receber os imigrantes: Conde D’Eu (Garibaldi), Dona Isabel (Bento Gonçalves) e Caxias (Caxias do Sul), na Serra gaúcha, e Silveira Martins, na região central.

O grande fluxo de entrada de italianos emigrados no estado ocorreu entre 1875 e 1914, e contabiliza-se entre 80 e 100 mil o número de pessoas deslocadas para a região no período. Atualmente, segundo estimativa do Consulado-Geral da Itália no RS, o estado gaúcho abriga cerca de 3 milhões de descendentes de italianos. Suas marcas históricas e contribuições culturais estão presentes em diferentes áreas da sociedade: na arte, na arquitetura, na educação, na saúde, na economia, na política e na religiosidade.