UCS lança Centro de Coletas de Células-Tronco a partir de acordo de cooperação técnica e científica
Parceria com a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem e a R-Crio Criogenia S.A permite à Universidade tornar-se referência em armazenamento e coleta de células-tronco na Região. Centro implantado torna-se o primeiro do Rio Grande do Sul e o terceiro do Brasil
A Universidade de Caxias do Sul, a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem e a R-Crio Criogenia S.A. oficializaram, nesta segunda-feira, dia 4 de julho, o lançamento do Centro de Coletas de Células-Tronco que passa a ser sediado na UCS. O evento ocorreu no Salão de Atos da Reitoria, no Bloco A do Campus-Sede.
A partir do lançamento, a Universidade de Caxias do Sul, que já possui pesquisas avançadas na área da Terapia Celular, torna-se referência em armazenamento e coleta de células-tronco da Região. O novo Centro de Coletas de Células-Tronco consiste no primeiro implantado no Rio Grande do Sul e o terceiro do Brasil.
Com foco no desenvolvimento da qualidade de vida da sociedade, a ideia é propor protocolos acessíveis, factíveis, capacitação, tecnologia, espaço físico e estimular a discussão do tema entre estudantes, professores, pesquisadores, colaboradores e parceiros externos. Nesse contexto, a possibilidade da associação do grafeno com a Medicina Regenerativa é um diferencial da Universidade.
Funcionamento
A partir da formalização, as coletas passam a ser realizadas na Clínica Odontológica da Universidade e, posteriormente, também ocorrerão via Centro Clínico da Instituição.
O processo de agendamento envolve pré-cadastro, assinatura do contrato, exame clínico, agendamento para a coleta e posterior coleta.
O valor para a coleta é de 6 mil reais. A partir do segundo ano, o valor anual é de 890 reais para manutenção do armazenamento.
Mais informações e agendamento pelo telefone (54) 3218-2199, WhatsApp (54) 99652-7273 e e-mail clinicaodontologica@ucs.br.
Solenidade
Agradecendo a confiança e a parceria estabelecida entre as instituições, o diretor-executivo da R-Crio, Walker Jeveaux, exaltou a infraestrutura da UCS e sua importância para a região. “Essa aliança que se forma agora deve trazer muitos frutos para a sociedade e para a comunidade local. Estamos falando de uma nova tecnologia, de longevidade com qualidade de vida. É isso que todos nós merecemos!”.
O diretor de projetos especiais da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética – Anadem, José Mauro Cunha Pereira, pontuou que a medicina regenerativa está em crescente evolução e que a parceria com uma Universidade do porte da UCS, com sua trajetória de trabalho voltado para a saúde humana, “dá mais energia de podermos fazer essa aliança”, junto com a R-Crio, e com o objetivo de aliar conhecimento, tecnologias, ciência e inovação em benefício social.
O vice-presidente da Anadem, Rodrigo Benelli Canal, reforçou que o futuro da Medicina é a terapia celular. “São as terapias voltadas para as células-tronco, com a utilização do grafeno que, inclusive, a UCS vem desenvolvendo, e as que a R-Crio desenvolve há mais de 15 anos. Nosso papel, como Anadem, é classificar essas alianças para promover a evolução mais rápida desses estudos e a distribuição para o público geral”.
O reitor da UCS, professor Gelson Leonardo Rech, destacou a importância da conquista conjunta, que definiu como movimento em prol da saúde, para promover o “desenvolvimento técnico e científico da Medicina, da Odontologia e da nossa área da Saúde em geral”. Ele explicou que serão realizadas coletas, processamento, pesquisas e tratamento com células-tronco. “Com isso, a UCS se torna referência na coleta de células-tronco na região – a primeira do Estado e a terceira do Brasil”, fundamentada em uma experiência de 12 anos de pesquisas na área de terapia celular. Conforme acrescentou, o Laboratório de Terapia Celular da UCS é um dos poucos do Brasil que faz, inclusive, a cultura das células-tronco em múltiplas camadas, e recria o órgão e suas estruturas. “A perspectiva é de universalizar o tratamento com a terapia celular”, projetou.
Na ocasião, o vice-reitor, professor Asdrubal Falavigna, considerou que as células-tronco trazem esperança. “Não existe mágica, existe muita tecnologia e tratamentos combinados. Podemos tratar com medicação, biológicos, e também associar a terapia celular. Aí estaremos não só a tratar o problema, como estaremos colocando células boas para se multiplicar”. Conforme o professor, que é médico neurocirurgião, se colocadas em um meio, as células-tronco tornam-se células daquele meio. Por exemplo, ao colocá-las em um músculo que foi lesado por um trauma, elas se transformam em células musculares. No cérebro, após uma isquemia cerebral, transformam-se em neurônios.
A solenidade contou com a presença de autoridades acadêmicas e regionais da área da Saúde. A visita ilustre ficou por conta do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que estava em Caxias do Sul para a palestra que ministrou durante a reunião-almoço da CIC Caxias.
Fotos: Bruno Zulian