Programação celebra 30 anos de regionalização da Universidade de Caxias do Sul
Implantação de unidades universitárias em diversas cidades da região passou a se consolidar a partir de 1993, potencializando o senso comunitário da Instituição
O ano de 1993 marca a consolidação do projeto de regionalização da Universidade de Caxias do Sul (UCS), quando ela potencializa o senso comunitário como um de seus principais valores. Passadas três décadas, a Instituição anunciou nesta quinta-feira, dia 11, a programação de eventos, atividades e ações que celebra essa trajetória e valoriza ainda mais as unidades universitárias localizadas em algumas das principais cidades da região nordeste e do litoral do Rio Grande do Sul.
Em evento direcionado a gestores, coordenadores, professores e colaboradores, o reitor da UCS, professor Gelson Leonardo Rech, apresentou a programação que ao longo dos próximos meses vai destacar a importância da expansão que a UCS iniciou ainda em 1968, com o primeiro curso oferecido em Bento Gonçalves, mas que tem como marco o ano de 1993, quando o slogam “Pés na região, olhos no mundo” passou a ser referenciado.
“Desde a sua fundação, há 56 anos, a UCS pratica sua vocação regional. Várias datas e ações foram importantes desde então, mas foi a partir de 1993 que, inspirado em um modelo da Universidade do Quebec, no Canadá, o projeto de regionalização passou a ganhar forma. Hoje, 30 anos depois, temos números que comprovam essa integração, a exemplo dos mais de 2 milhões de pessoas que compõem os 106 municípios beneficiados com algum serviço ou estrutura da UCS”, destacou Rech. “Na área de ensino, os campi reúnem 29% do total dos nossos alunos. Esse é um número que precisa ser considerado de forma muito especial”, complementou.
Atualmente, para além do Campus-Sede e do Campus 8, em Caxias do Sul, a UCS está presente com campi em Bento Gonçalves, Vacaria, Farroupilha, Canela, Nova Prata e Guaporé, São Sebastião do Caí, um polo em Torres e a Escola de Gastronomia em Flores da Cunha. Na esteira dessa expansão também entram as mantidas da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) UCSfm (Caxias, Vacaria e Bento) e Hospital Geral, que atende a 49 municípios da região.
O reitor destacou ainda o modelo de relacionamento diferenciado que a UCS mantém com a comunidade regional, que além do ganho acadêmico resulta também no desenvolvimento econômico e social. Hoje, são 1,2 mil empresas que trabalham em parceria com a Instituição. “O senso comunitário está sempre na mesa de nossas decisões”, resumiu.
O que foi anunciado para a comemoração dos 30 anos de regionalização da UCS
-Lançamento do selo e de vídeo dos 30 anos de regionalização
-Seminário 30 anos de Regionalização
-Edição REVISTA UCS: 30 anos de Regionalização
-Entrega Medalhas Mérito Comunitário
-Lançamento de produtos
-Melhoria da infraestrutura
-Novas salas assinadas com parcerias com empresas e marcas
‘Artesãos das futuras gerações’
Na ocasião do lançamento das comemorações dos 30 anos de regionalização da UCS, o bispo da Diocese de Caxias do Sul, dom José Gislon, fez seu primeiro discurso oficial como presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), cargo que assumiu oficialmente no dia 2 de maio, tendo como vice-presidente Cláudio Luiz Pessôa de Oliveira. Ambos agradeceram a oportunidade de estar à frente da FUCS, e colocaram-se à disposição da comunidade acadêmica e regional.
“Tenho muitas boas lembranças das viagens regionais que fiz ao longo dos meus quase 50 anos como professor da UCS. Tive a oportunidade de ver crescer e de contribuir com esse projeto regional tão importante à sociedade. Aproveito para agradecer a todos os meus diretores, colegas e amigos que fiz nesse percurso”, destacou Pessôa.
O presidente dom José Gislon, por sua vez, relembrou os desafios que têm recebido como religioso, entre eles o de deixar Roma, na Itália, onde trabalhava em um conselho de bispos, para assumir sua missão como bispo em Caxias do Sul, depois de ter passado por Erechim. “Me sinto acolhido por essa comunidade e por essa cultura, por isso agradeço a confiança depositada em mim diante da FUCS. Parto sempre do princípio que nenhum país mudou ou mudará sem passar pela educação. O Papa Francisco lembra que pensar na educação é pensar no futuro da humanidade, e que é pela educação que o ser humano alcança seu potencial máximo e se torna um ser consciente, livre e responsável”, observou dom José Gislon. Para ele, os educadores são artesãos das futuras gerações. “São eles que reforçam o elo inquebrantável entre universidade, sociedade, escola e família. Trago no coração a disponibilidade da escuta e do diálogo para alavancar nossa Fundação, porque tenho a convicção de que caminhando juntos vamos mais longe, por mais difícil seja o caminho”.
Fotos: Bruno Zulian