Alçando os mais altos voos

ANA LAURA PARAGINSKI| alparaginski@ucs.br

Grupo de acadêmicos dos cursos de Engenharia é premiado em festival nacional de minifoguetes

Alcançar os céus, chegar às estrelas e a outros planetas sempre fascinaram o ser humano. Com o passar dos anos e com o desenvolvimento da tecnologia, ultrapassar as fronteiras de nosso planeta tem se tornado cada vez mais acessível. Pensando nesta possibilidade de descoberta, o grupo GINCARVI Jr, vencedor pela segunda vez do Festival de Minifoguetes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresenta a sua linha de construção de minifoguetes que é desenvolvido no Campus Universitário da UCS na Região dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.

O grupo de alunos precisou definir, primeiramente, a meta do produto que seria desenvolvido. Para isso, foi necessário pensar se o objetivo era alcançar a maior altura possível ou chegar a uma posição específica no céu; se deveria transportar uma carga para sensores ou ser o mais leve possível. Esses questionamentos foram importantes para delinear os passos a serem planejados, testados, revistos, testados novamente até chegar à concepção final do foguete.

Para os coordenadores do projeto, professores Tiago Cassol Severo e Tânia Morelatto, em linhas gerais, alguns parâmetros necessitarão sempre de uma atenção especial, tais como aerodinâmica, números de aletas (pequenas asas na parte de baixo do foguete), massa do foguete, tipo e quantidade de combustível, tipo de motor, componentes de telemetria e acionamento de paraquedas. "Ainda, devem ser considerados os inúmeros testes de bancada para garantir o bom funcionamento dos componentes do minifoguete", ressaltam.

O infográfico abaixo apresenta algumas dessas partes da concepção do foguete GINCARVI Jr 2015 levado para Curitiba.




1. Produção do Combustível
O combustível é a base de açúcar e KNSU (uma mistura com Nitrato de Potássio), resultando na maior pureza do combustível. Com isso, aumenta a velocidade de seu processamento e de sua queima, melhorando significativamente a performance do foguete.

2. Fabricação do Motor
O motor de um foguete é uma parte delicada. O mesmo deve comportar altas temperaturas, altas pressões, ser leve e compacto e, se possível, reaproveitável. A equipe GINCARVI Jr desenvolveu vários tipos de motores, mas recebeu destaque pelo seu motor metálico e pelo seu motor de polipropileno.

3. Testes de bancada
Os testes de bancada são os indicativos de funcionamento de cada parte separada do foguete. Servem para agilizar os processos de desenvolvimento, evitando desperdício de material e evitando a inutilização do foguete por um problema de algum setor separado do foguete. Testes de aerodinâmica com o túnel de vento, testes da velocidade de queima e temperatura do combustível, testes de impulso e empuxo são alguns exemplos que são desenvolvidos pela equipe.

4. Montagem do sistema de paraquedas
O sistema do paraquedas tem por objetivo trazer de volta o foguete e sua informação contida como dados de telemetria e imagens aéreas.

5. O minifoguete pronto
Após testes e ajustes, o foguete está pronto para a competição ou para a aquisição de imagens aéreas da região.

6. Lançamento dos minifoguetes
Nesta etapa, os minifoguetes são testados através do lançamento em uma fazenda de Garibaldi, que serve como campo de provas para a equipe.

7. Imagens aéreas e telemetria
O sistema de telemetria desenvolvido pela Gincarvi Jr tem por objetivo analisar todas condições do minifoguete, como velocidade, aceleração e posicionamento para análises posteriores ou, ainda, ejeção de paraquedas ou, no futuro, para a ejeção de algum sensor. Além disso, há a instalação de uma câmera para a aquisição de imagens aéreas da região onde o minifoguete é lançado.

EQUIPE
Além dos coordenadores professor Tiago Cassol Severo e professora Tânia Morelatto, o GINCARVI Jr é composto também por mais dois professores, Matheus Polleto e Cícero Zanoni, e por uma equipe de 16 alunos dos cursos de Engenharia Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Produção e Química.




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O texto acima está publicado na décima sétima edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.

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