Alunos

O primeiro contato com a disciplina de Química - a ciência que estuda as propriedades das substâncias e como elas se transformam ao interagir umas com as outras - há 12 anos, no Ensino Fundamental, foi um marco para a trajetória acadêmica de Márjore Antunes, 26 anos. O desejo de ser professora fez parte de suas brincadeiras de infância, mas até a oitava série, essa era ainda uma indefinição, assim como uma possível disciplina a seguir. Foi quando conheceu a Química, apresentada pela professora Suzana Vergínia Rihlsascin, na Escola Estadual Abramo Randon, em Caxias do Sul, e suas ideias ficaram mais claras. Essa ciência, presente em praticamente tudo no nosso dia a dia, levou Márjore ao curso de Licenciatura em Química (concluído na UCS em 2010) e ao ingresso no Programa de Pós-graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais, com dedicação exclusiva ao mestrado. Sua dissertação de Mestrado "Utilização do bagaço da uva Isabel para a remoção de diclofenaco de sódio em meio aquoso", orientada pelo professor Marcelo Giovanela, recebeu, no dia 10 de maio, em Belém (Pará), o prêmio "Vale- Capes de Ciência e Sustentabilidade", concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Vale S.A.

Mas por que o bagaço de uva teve espaço especial na dissertação de Márjore? "Por estar envolvida com projetos de pesquisa desde o início de minha graduação, lia artigos voltados ao meio ambiente. Um deles era sobre o bagaço de uva que removia metais de efluentes. E por que não reaproveitá-lo em processos de tratamento de água ou de efluentes para remover outros tipos de substâncias?", questionou, já que, na Serra gaúcha, o bagaço é um resíduo agroindustrial produzido em larga escala e, em geral, descartado diretamente no solo dos parreirais.

Agora, Márjore dedica-se ao doutorado em Engenharia e Ciência dos Materiais. Muitas vezes pensou em parar de pesquisar e, quem sabe, tirar um tempo, voltar às aulas de dança de salão com o marido. "Mas a pesquisa é meu hobby. O meu grande lazer é estar dentro de um laboratório. Minha ideia é ainda tornar-me professora, quem sabe universitária, e continuar na pesquisa", planeja a doutoranda, que aponta a importância da química na indústria, na medicina, na agricultura, no nosso dia a dia em geral. Afinal, a química está na raiz da criação de novos materiais, sejam eles cerâmicos, polímeros, compósitos... Mas esse pode ser um capítulo para novas pesquisas de Márjore!

(Texto: Cristina Boff)


Talentos do Design em Milão

"Foi uma ótima experiência estar em contato com pessoas do mundo todo, além de poder ver de perto projetos que até então só víamos por revistas e sites." Essa foi a principal bagagem que a acadêmica Fernanda Gava, do curso de Design do Campus Universitário da Região dos Vinhedos, de Bento Gonçalves, trouxe de Milão, na Itália, em viagem no mês de abril realizada para participar da feira SaloneSatellite. Fernanda (a terceira da esquerda para a direita) integrou um grupo de doze alunos e egressos do curso de Design do campus universitário, que expôs suas criações na feira internacional para jovens talentos do design. O grupo, denominado Nós Design, coordenado pelo professor Douglas Pastori, participou do evento com a parceria do grupo S.C.A., importante empresa moveleira do Sul do País. A pedido da S.C.A., os alunos criaram a Linha Pietra Lux, com os produtos Diamanti (uma mesa de centro) e Due Metà (três unidades de bancos para decoração). As matérias-primas são madeira e pedra trabalhadas com técnicas artesanais de corte e encaixe, aliadas à tecnologia. "Nos foi proposto o uso de um material específico, o slimstone, da empresa Slimstone que faz parte da S.C.A. Recebemos o briefing para a criação de produtos que envolvessem a cultura da imigração italiana. Por isso o uso da madeira e da pedra e de técnicas artesanais", conta Fernanda. Além de Fernanda e do professor Douglas, participaram da feira os acadêmicos Alexandre Faccenda, Fernando Angst, Marcelo Andreola, Letícia Frare, Rafael Zeni e Raquel Salini; e os egressos Clarissa Zanuz, Cintia de Castria, Janaína Zaffari e Leonardo Zorzi.

Saída a campo em Vila Flores

Caminhar pelas ruas de Vila Flores, descobrir locais antigos e característicos do município é tarefa de aula para três alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo em atividade realizada conjuntamente com professores pesquisadores do Instituto de Memória Histórica e Cultural (IMHC) da UCS. O trabalho é desenvolvido pelas acadêmicas Morgana Mussatto, Thássia Barbanti Batalha e Elisângela D'Agostini Corso e é o início do inventário do patrimônio local, desenvolvido em parceria entre o IMHC e a Secretaria de Turismo do município. As acadêmicas são unânimes em afirmar a importância dessa experiência: "São os moradores que nos passam informações sobre o município, sua família e a casa onde residem. É um aprendizado que somente uma convivência como essa poderia nos proporcionar." O projeto está sendo desenvolvido como atividade de estágio curricular do curso e prevê a realização de pesquisas e o registro fotográfico do patrimônio material e imaterial de Vila Flores.



Revista UCS - Publicação mensal da Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para divulgação das ações e finalidades institucionais, aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e evidenciam o papel de uma Instituição de Ensino Superior.

O texto acima está publicado na terceira edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.

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