Convênios firmados para o atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde confirmam a importância da atuação da UCS na área da saúde pública.
A estrutura avançada e a equipe multiprofissional da Universidade, aliadas à excelência do ambiente universitário, garantem a qualidade do atendimento de pessoas como Dilvo Edson Vieira, 59 anos, de Caxias do Sul. Há três anos, duas vezes por semana, a sua rotina é sair de casa de ambulância, para frequentar o Instituto de Medicina do Esporte e Ciências Aplicadas ao Movimento Humano - IME, no Bloco 70 da UCS, na Cidade Universitária. Ele é um dos integrantes do Programa de Reabilitação para Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que visa a reintroduzir o pneumopata às suas atividades sociais e cotidianas. Na UCS, Dilvo faz exercícios físicos, sessões de fisioterapia respiratória e psicoterapia. O ex-fumante comemora os sete anos longe do cigarro e os benefícios de frequentar o IME pela segunda vez. "O que faço aqui é tão importante! Antes, não conseguia fazer três minutos de esteira e, agora, faço 30 minutos."
A atividade desenvolvida por Dilvo e por outros pacientes no IME ocorre pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Para todo o lugar que vou preciso andar com o cilindro de oxigênio, durante 24 horas por dia. Talvez eu precise entrar na fila de transplante de pulmão e, para isso, necessito manter os exercícios. Os profissionais aqui são fora de série. Eles não forçam nada. Param quando percebem que algo possa estar errado ou não indo bem", relata Dilvo, que recebe atendimento de um grupo formado por médicos, fisioterapeutas, enfermeiras, educadores físicos, nutricionistas e psicólogas.
Também é no IME que Bruno Hahn, 62 anos, recebe atendimento. No Município de Feliz, onde mora, a capina ao redor de casa faz parte de sua rotina. Há algum tempo, isso não seria possível, pois ele esteve prestes a realizar um transplante de pulmão. Uma trombose, há sete anos, prejudicou o coração, o pulmão e o rim. Hoje, com uma prótese na perna esquerda, se alegra em estar com 86 quilos - quando iniciou as atividades no IME estava com 106 quilos e agora não tem mais a necessidade de carregar o tubo de oxigênio durante as 24 horas. "Eu adoro vir aqui. Só falto mesmo quando os dias estão muito frios, pois tive asma e preciso me cuidar. Venho de ambulância e o atendimento que recebo é muito bom", comenta.
No Hospital Geral de Caxias do Sul, há quase um ano e meio, nascia um menino (os nomes foram preservados a pedido da família) com 34 semanas, e abaixo do peso. Prematuro, ficou um mês internado, até atingir os dois quilos. O então bebê, que hoje alcançou oito quilos e duzentas gramas, é uma das crianças que frequentam o Ambulatório de Bebês de Alto Risco, junto ao Ambulatório Central da UCS. Psicólogo, nutricionista, pediatra, neuropediatra, terapeuta ocupacional, assistente social e enfermeira são os profissionais que prestam assistência a essa criança e a seus pais. O atendimento, segundo a mãe, é exemplar. "Todos são atenciosos. Meu filho tinha uma grande assimetria na parte motora, que poderia levar a sequelas. Frequentamos o ambulatório, fazemos a terapia ocupacional e hoje ele está quase caminhando", emociona-se. Esse é mais um atendimento à comunidade, realizado na UCS pelos professores e alunos, e possibilitado pelo SUS.
A professora Maria do Carmo Mattana, neuropediatra do Ambulatório de Bebês de Alto Risco, explica que as crianças prematuras têm tendência natural de apresentar intercorrências, necessitando frequentemente de atendimento em UTI Neonatal (em Caxias do Sul, o SUS conta com essa unidade no Hospital Geral e no Hospital Pompéia). "Ao saírem da UTI Neonatal, essas crianças são encaminhadas ao Ambulatório de Bebês de Alto Risco, onde recebem um atendimento multidisciplinar. As mães têm um apoio global, no ponto de vista social, científico e médico. O acolhimento aos bebês, dependendo da patologia, é acompanhado em diversas áreas", explica.
Pela Constituição Federal de 1988, a saúde é considerada um direito social e um dever do Estado. Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento médico e hospitalar, surgiu um dos maiores sistemas públicos de saúde. O SUS opera por meio de uma rede de unidades hospitalares e ambulatoriais públicas, privadas e de natureza filantrópica.
A UCS mantém atendimentos encaminhados pela Secretaria Municipal da Saúde nos seguinte locais:
Ambulatório Central: é um dos centros de atendimento em serviços especializados de abrangência regional. Cerca de cinco mil pacientes são atendidos por mês; Clínica de Fisioterapia: dispõe de atendimento em Medicina, Fisioterapia, Serviço Social, Psicologia, Enfermagem, Nutrição, Terapia Ocupacional e Podologia, além de prescrição, avaliação, adequação, treinamento, acompanhamento e entrega de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção
Instituto de Medicina do Esporte e Ciências Aplicadas ao Movimento Humano - IME: realiza atividade física monitorada para grupos de Reabilitação Cardiovascular; Reabilitação Pulmonar e Reabilitação do Grupo de Portadores de Lipodistrofia e Hemofílicos [+]
Hospital Geral de Caxias do Sul: é administrado pela Fundação Universidade de Caxias do Sul, com apoio dos governos estadual, federal e municipal. O HG é um hospital de assistência, ensino e pesquisa da UCS e atende a população dos 49 municípios da 5ª Coordenadoria Regional da Saúde [+]
Serviço de Psicologia Aplicada: realiza atendimentos na área de Psicologia.
(Texto: Cristina Boff)
Revista UCS - Publicação da Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para divulgação das ações e finalidades institucionais, aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e evidenciam o papel de uma Instituição de Ensino Superior.
O texto acima está publicado na quarta edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.