Carreiras
"De olho" nos alimentos

"Nós engenheiros de alimentos temos que trabalhar, de certa forma, sob pressão, tendo que solucionar sempre mais de uma situação ao mesmo tempo. Isso faz com que tenhamos um raciocínio rápido e preciso para tomar atitudes necessárias no dia a dia de trabalho."

Essa afirmação é de Jessica Utumi, 25 anos, graduada pela UCS, no final de 2011, em Engenharia de Alimentos. A curiosidade em relação à composição dos alimentos industrializados e como eles eram feitos fez com que ela optasse por esse curso. Jéssica buscou informações sobre alguns cursos na área das exatas e, ao conversar com alunos e professores da área, não teve mais dúvida: o ingresso no curso aconteceu em 2005.

O engenheiro de alimentos, segundo Jéssica, também encontra muitas funções, que "devem ser realizadas todos os dias e cobradas dos colaboradores", enfatiza. O cuidado com a higiene dos manipuladores, com o ambiente de trabalho; os controles necessários para a garantia dos processos e produtos são tarefas desempenhadas diariamente. "Às vezes, as pessoas esquecem ou deixam de realizar cuidados essenciais se não estiverem sendo cobradas e lembradas sobre a importância destes cuidados de manipulação e produção, os quais são imprescindíveis para a garantia da qualidade dos produtos. Por isso, o engenheiro de alimentos é um profissional tão importante nas indústrias. Ele é capaz de realizar diversas tarefas e, através de um aprendizado contínuo, estará sempre apresentando inovações onde estiver trabalhando."

Jéssica trabalha na indústria Abbocare, em Caxias do Sul, que produz panificados, congelados, bolos, folhados, croissants. "Cuido da área de controle de qualidade da empresa, desde o desenvolvimento de novos produtos, melhoria e adequação de processos, acompanhamento do processo produtivo de forma geral, higiene e instalações da fábrica, treinamento dos colaboradores para cumprimento das normas de qualidade e boas-práticas de fabricação, visando sempre à qualidade final dos produtos produzidos", explica.

No seu dia a dia profissional, a engenheira de alimentos também se depara com situações inesperadas, mas a forma como essas situações adversas são solucionadas, para que deem continuidade ao trabalho, é o que diferencia o profissional: no seu entendimento, é isso que leva uma empresa a uma melhoria contínua, "elevando sempre os resultados previstos".

Um mercado em crescimento e com oportunidades. É dessa forma que Jéssica vê a área escolhida: as empresas estão cientes da importância do engenheiro de alimentos. "Quem decidir seguir por essa área deverá gostar do que irá fazer e quanto mais se dedicar, melhores resultados irá atingir. A dedicação e o aprendizado são contínuos na vida de qualquer profissional e, além de tudo, também é importante ressaltar o trabalho em equipe. Na área da Engenharia de Alimentos, sempre nos deparamos com diferentes profissionais que precisam trabalhar e se empenhar da mesma forma que nos empenhamos, para que no final todos atinjam o mesmo objetivo e sintam-se realizados", conclui.

(Texto: Cristina Boff, Foto: Daniela Schiavo)

Engenharia de Alimentos

O engenheiro de alimentos pode atuar em indústrias de produtos lácteos, cárneos, de panificação e massas, de processamento de frutas, hortaliças, bebidas, cereais e derivados, indústria de embalagens, aditivos, equipamentos para o setor alimentício; garantia de qualidade; pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias; setor de fiscalização de alimentos e bebidas; instituições de ensino e pesquisa; prestação de serviços de assessoria e consultoria, produção e processos. É responsável pela elaboração e transformação de matérias-primas de origem animal e vegetal em produtos com maior valor agregado; pode coordenar, supervisionar e otimizar as etapas de preparo e conservação de alimentos; projetar equipamentos e processos; pesquisar e desenvolver novos produtos e tecnologias para indústrias de alimentos.



Revista UCS - Publicação da Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para divulgação das ações e finalidades institucionais, aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e evidenciam o papel de uma Instituição de Ensino Superior.

O texto acima está publicado na quarta edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.

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