O estudo dos fenômenos psíquicos e do comportamento do ser humano, por intermédio da análise de suas emoções, suas ideias e seus valores, levou o caxiense Eduardo Friederichs Hoffmann, 28 anos, a se interessar pela Psicologia. Quando iniciou o curso na UCS, em 2003, estava em dúvida entre essa área e a Filosofia. Mas a escolha pela Psicologia deu-se "pela possibilidade de refletir e intervir na sociedade e realidade de cada pessoa. O psicólogo tem um diferencial que é trabalhar com a sabedoria de cada um e, quando se trabalha com a sabedoria do outro, abre-se a possibilidade de eu mesmo ser mais sábio", avalia.
Formado em 2010, Eduardo atua, em Caxias do Sul, na área da Psicologia Clínica, em seu consultório particular, atendendo a diversas demandas como síndrome do pânico, depressão, estresse, ansiedade, dificuldade emocional, problemas em relacionamentos, autoconhecimento, entre outras.
Eduardo considera o profissional psicólogo como importante na vida das pessoas, pois ele olha para o indivíduo por inteiro: "Enxerga além do que é aparente (corpo ou bens materiais). Olha para a personalidade, para os sentimentos, a ética, as fases da vida, as relações. O profissional procura olhar para a existência total da pessoa, permitindo assim que quem o procure possa também se olhar de forma mais ampla e sincera, sem moralismos ou imposições sociais; tendo um contato mais verdadeiro consigo mesmo e possibilitando assim formas de se comportar, de se pensar e de ser mais saudável."
Visão político-socialComo psicólogo clínico - e colaborador do Conselho Regional de Psicologia - Eduardo explica que a psicologia está se abrindo cada vez mais para as áreas pública e social, e trabalhar em contato com outros profissionais torna-se uma necessidade. "O psicólogo cada vez mais conversa com o psicólogo da escola, com o psicólogo da empresa, com o assistente social, com o médico, com o pedagogo. A psicologia está ampliando a visão de consultório individual, direcionando-se mais para uma visão político-social e há muitas coisas para se pensar, para se pesquisar e se fazer nesta perspectiva."
A sua atividade varia conforme a demanda dos clientes. "Procuro seguir uma rotina, que seguidamente é quebrada de acordo com a disponibilidade dos clientes. Tento ficar no consultório de segunda a quinta-feira, mas os horários são diversificados - o meio dia e o final da tarde são os mais concorridos. Assim, em alguns dias almoço às 11 horas. Em outros, às 14 horas. Às vezes começo a trabalhar às 8 horas e, às vezes, encerro às 21 horas. Mas na sexta-feira me dedico a uma pós-graduação em Gestalt-Terapia, uma linha de psicologia humanista; a leituras de filosofia oriental e a alguma atividade no Conselho de Psicologia, além de participar de palestras e cursos", especifica.
Como profissional, arrisca dar alguns conselhos para quem quiser iniciar nessa carreira: "Quando ingressar no curso, tente conhecer todas as linhas teóricas e todas as áreas de atuação, sem preconceitos e com curiosidade. Tente entrar em contato ao máximo com tudo o que puder da área, para depois poder escolher, de forma mais consciente, qual é a que mais se parece com a sua maneira de pensar. Este contato com as diversas áreas da Psicologia irá ajudar no que você escolher para atuar, pois o ser humano possui um pouco de cada área da Psicologia consigo."
Eduardo conclui que deve-se ter a "humildade de saber que estamos dispostos a auxiliar quem nos procura. Assim, será como um ator coadjuvante no 'filme da vida' de outra pessoa. Para alguns isso poderá ser difícil, porém ajuda a pensar que também existem prêmios para atores coadjuvantes".
(Texto: Cristina Boff, Foto: Daniela Schiavo)
Revista UCS - Publicação da Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para divulgação das ações e finalidades institucionais, aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e evidenciam o papel de uma Instituição de Ensino Superior.
O texto acima está publicado na quarta edição da Revista UCS que já está sendo distribuída nos campi e núcleos.