Avaliação dos usuários do SUS coloca o Hospital Geral entre os 10 melhores do Rio Grande do Sul
O Hospital Geral, administrado pela Fundação Universidade
de Caxias do Sul, ficou em 6º lugar, com a
nota 9,14, na pesquisa que ouviu cerca de 50 mil pacientes
que estiveram internados em hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde.
A pesquisa é da Secretaria Estadual da Saúde através do Programa
Parceria Resolve e Pesquisa de Satisfação dos Usuários do
Sistema Único de Saúde. Foram
avaliados 332 hospitais em todo o estado e o primeiro lugar ficou com o
Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, que recebeu
a nota 9,48. A nota média geral foi 8,66.
A pesquisa, realizada no período de março de 2004 a fevereiro
de 2005, foi feita através de carta
resposta, telefone e correio eletrônico. O usuário avaliou o
grau de contentamento, a qualidade do serviço e o tempo
de espera para a realização dos procedimentos.
Na terça-feira, dia 16, o diretor do Hospital Geral, sr.
João Antonio Caetano, participou da cerimônia no Palácio
Piratini onde foram entregues os certificados aos 10
hospitais que se destacaram
na pesquisa. A direção do HG
credita o bom posicionamento da instituição
ao empenho e dedicação de todos os que trabalham no
hospital, e considera ainda
que, se os pleitos da instituição por mais recursos financeiros
tivessem sido atendidos pelos órgãos que respondem
pela saúde pública no país, a nota obtida poderia
ser ainda mais elevada.
Boa avaliação do usuário e escassez de recursos
As dificuldades financeiras pelas quais passa o
Hospital Geral preocupam a atual direção. Em meio às
comemorações pelas boas avaliações, o diretor
geral do HG, João Antônio Lopes, faz um alerta aos
órgãos responsáveis pela saúde, no sentido de que se definam
papéis e responsabilidades com relação ao Hospital Geral.
Escreve o diretor:
"(...) Em recente avaliação dos Ministérios da Saúde e Educação,
com a finalidade de certificação como hospital de ensino,
o Geral não teve nenhuma pendência no rigoroso processo de
vistoria. Vale lembrar que muitas instituições não
conseguiram esta certificação, mesmo algumas que
já eram hospitais de ensino. (...) As instalações do hospital
não são luxuosas, mas o prédio, após quase oito anos de uso,
requer uma manutenção mais apurada. Muitos equipamentos
necessitam de reposição. Alguns setores, como o próprio
pronto-socorro, necessitam de ampliação.
No entanto, todas essas deficiências são supridas pelo
trabalho sério, profissional e humano de um quadro que
conta com mais de oitocentas pessoas comprometidas com a
instituição e disponível para a parcela mais carente da
população.
Há um reconhecimento público da importância do HG para a
manutenção do atendimento do SUS na região. Este
reconhecimento, no entanto, não se estende ao
fator financeiro e à
responsabilidade de prover o hospital dos recursos
necessários ao seu funcionamento.
Evidente que não cabe à Fundação Universidade de Caxias do Sul
manter a saúde pública. Por outro lado, a
Universidade não pode abrir mão de um hospital
para manter os seus cursos ligados à saúde.
É notório o interesse da Fundação em ter
um hospital e para consolidar esta posição,
a atual direção trabalha para definir uma política
para a instituição.
Por seu lado, o estado do Rio Grande do Sul, na
medida em que deixa de reconhecer a importância do
hospital e da necessidade de injetar recursos cujo
retorno é inquestionável, parece olvidar que a casa é de
sua propriedade. Como o Geral atende 100% SUS, o valor do
subsídio do Estado corresponde, teoricamente, ao que a
instituição faturaria se lhe fosse permitido atender
convênios. O subsídio do Estado representa para o HG, 08%,
ou seja, 50% do que deveria ser ou do que seria necessário.
Também a Prefeitura, na condição de gestora da saúde em
Caxias, poderia olhar o Geral como um aliado de vital
importância. Tão estratégica é a posição do hospital que
em 2004, 56% das internações do SUS de pacientes de
Caxias do Sul foram realizadas no HG. Não bastasse isso,
o hospital é a maior retaguarda clínica dos serviços de
saúde do município.
Estabelecidos os verdadeiros papéis; esclarecidas as
responsabilidades; definidas as necessidades de
cada um dos atores envolvidos (leia-se Fundação, Estado e
Município) é hora de estabelecer-se uma grande discussão que
leve a um consenso definitivo sobre o assunto, passando
evidentemente pela questão do custeio e atualização
tecnológica do hospital."
Semana Mundial da Amamentação
De 25 a 31 de agosto o Hospital Geral realizará uma
programação especial para comemorar a Semana Mundial da
Amamentação. De 17 a 24, durante a pré-semana, realiza-se a
Capacitação em Aleitamento Materno, na qual estarão envolvidos
funcionários do HG, acadêmicos de enfermagem,
funcionários do Hospital de Caridade de Canela e Hospital de
Montenegro, num total de 50 pessoas. Internamente, o
Hospital Geral realiza um concurso de cartazes sobre o
aleitamento materno, com participação de todas as
unidades da instituição. A divulgação do resultado será no
dia 31, no encerramento da Semana Mundial de Amamentação.
A programação oficial da semana, de 25 a 31 de agosto,
prevê um trabalho de sensibilização sobre a amamentação
junto à rede pública de saúde, em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde. As ações serão realizadas
nas Unidades Básicas dos bairros Ipê, Eldorado, Esplanada e no
Posto da Rua Pinheiro Machado.
O HG é referência em aleitamento materno, sendo
credenciado pelo Ministério da Saúde e pelo UNICEF como
hospital amigo da criança, por alcançar os dez passos para o
aleitamento materno bem-sucedido. São eles:
ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
teinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento.
ajudar as mães a iniciar o aleitamento
na primeira meia hora após o nascimento;
mostrar às mães como amamentar e
como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separados de seus filhos;
não dar a recém-nascidos nenhum outro
alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal
procedimento seja indicado pelo médico;
praticar o alojamento conjunto,
permitindo que as mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia;
encorajar o aleitamento sob livre demanda;
não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.
O Hospital Geral também está implementando o banco de leite
humano, com previsão de funcionamento para 2006.
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