ENZITEC 2006, em Caxias do Sul, apresenta pesquisas na área da tecnologia enzimática
Os avanços da pesquisa e das perspectivas da
tecnologia enzimática estarão em discussão a partir
deste domingo, dia 21, em Caxias do Sul. Pesquisadores
de universidades, institutos de pesquisa,
órgãos governamentais e do setor industrial estarão reunidos,
até o dia 24, no Centro de Convenções do Intercity Hotel, para
participar do VII
Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática -
ENZITEC 2006. Em sua sétima edição, o ENZITEC
é realizado de dois em dois anos e, pela primeira vez, uma cidade
do sul do país vai sediá-lo.
A Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul coordenam o ENZITEC 2006, que tem mais 300
participantes inscritos. A sessão de abertura será no domingo,
às 18 horas, com a
conferência Os caminhos para o desenvolvimento
de enzimas industriais, do pesquisador
norte-americano Tom Burns, da dinamarquesa Novozymes,
uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo e líder
mundial na produção de enzimas industriais.
Na segunda-feira, as atividades começam às 9 horas com a palestra da presidente de honra do ENZITEC, e uma das suas
idealizadoras, professora Elba Bon, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, que
falará sobre Enzimas industriais. Mercado e
potencialidades.
Desenvolvimento da tecnologia nacional
O professor da UCS, Aldo José Pinheiro Dillon, da comissão
organizadora, explica que o Seminário é um encontro
de caráter técnico-científico, que reúne pesquisadores e
pós-graduandos de todo o país, para apresentação
e discussão das pesquisas que realizam em suas
instituições. Criado com a finalidade de promover a tecnologia enzimática
produzida no Brasil e contribuir para torná-la
viável economicamente, o ENZITEC é um espaço de diálogo entre os
pesquisadores e o setor produtivo, no sentido de
identificar e conjugar objetivos e interesses, direcionando
investimentos no que se refere ao desenvolvimento tecnológico,
transferência de tecnologia e formação
de recursos humanos. "É uma oportunidade para se ter
uma visão da situação do mercado de enzimas,
do desenvolvimento da tecnologia nessa área no Brasil e
para identificar novas áreas de negócios", observa o professor
Dillon.
O Seminário está dividido em sessões, que tratarão dos seguintes temas:
resultados de pesquisa que já se
encontram em condições de serem transferidas para o setor
produtivo;
novas tecnologias enzimáticas;
enzimas para a indústria de alimentos;
técnicas genéticas disponíveis para as fermentações, tendo em vista a produção enzimática;
tecnologias enzimáticas para a indústria têxtil e do couro;
enzimas para química fina;
enzimas para tratamento de efluentes;
tecnologias enzimáticas para a produção
de bioetanol e biodiesel.
Entre as tecnologias enzimáticas que já foram transferidas
para a indústria e que serão apresentadas durante o ENZITEC 2006, o
professor Dillon cita duas pesquisas
desenvolvidas no Rio Grande do Sul: uma tecnologia de
aplicação de enzimas na indústria têxtil, com o
fim de tratar o tecido utilizado na confecção de jeans
para causar o aspecto usado e desbotado, desenvolvida no
Instituto
de Biotecnologia da UCS, e a tecnologia desenvolvida
pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, que envolve
a utilização de enzimas em detergentes.
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