Projeto de revestimento de ferramentas, de pesquisador da UCS, ganha prêmio Santander de Ciência e Inovação, na categoria Indústria.
Carlos Alejandro Figueroa, pesquisador do
Programa de Pós-Graduação em Materiais, é o
vencedor da 3ª edição do Prêmio Santander de Ciência e
Inovação, categoria
Indústria. Na etapa final, que reuniu os melhores de
cinco regiões brasileiras, o projeto
para a fabricação de revestimentos protetores
para ferramentas de corte, moldes
e matrizes, foi considerado o melhor. A premiação foi
entregue na noite da última quinta-feira,
dia 29, em Brasília.
Figueroa, que é doutor e pós-doutor em Física, venceu o
Prêmio com um projeto cujo objetivo é aumentar a
vida útil de equipamentos utilizados pelas indústrias automotiva,
plástica, agropecuária e aeroespacial. A idéia pode
beneficiar especialmente as
empresas situadas na Serra Gaúcha, o segundo maior pólo
metal-mecânico do país. As pesquisas e estudos conduziram
o pesquisador ao
Nitreto de Titânio e Nitreto de Alumínio, materiais
mais duros e resistentes que a base das ferramentas.
A intenção do pesquisador é obter
esses materiais a partir da tecnologia PECVD que, segundo ele,
proporciona uma via de fabricação mais
simples, versátil e econômica quando comparada com os revestimentos obtidos
pela convencional tecnologia PVD. "Em uma segunda etapa, há
a possibilidade até
mesmo de desenvolver outros tipos de materiais ainda mais
inovadores", revela.
Quando venceu a etapa regional, em outubro, classificando-se
para a nacional da
3ª Edição do Prêmio Santander de Ciência e Inovação,
Figueroa chegou a dizer que não acreditava que pudesse
levar o prêmio máximo, pois considerava que os
outros quatro concorrentes tinham projetos com
interesse social muito maior. "O
meu é mais focado na aplicação industrial, que também
tem impacto social com a
geração de empregos, mas é mais demorado", declarou o
pesquisador, após receber
das mãos do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Miguel
Jorge, o prêmio de R$ 50 mil. O valor, segundo o
professor, será integralmente investido na execução do
projeto. "Quero produzir os
revestimentos para fazer os testes em campo de provas e
verificar a aplicabilidade", adianta.
A terceira edição do Prêmio Santander de Ciência e
Inovação foi dividido em três
categorias: Indústria, Biotecnologia, Tecnologia da Informação
e Comunicação. O vencedor nacional de cada categoria recebeu
R$ 50 mil como prêmio. Os trabalhos foram avaliados por uma
comissão de pesquisadores, sob a coordenação do professor e
pesquisador Adolpho Melfi, vice-presidente da Academia Brasileira
de Ciências.
Fotos: Della Rocca
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