Projeto Lagoas Costeiras: pesquisadores retomam
expedições às lagoas do sul do estado.
Após a temporada de chuvas, que dificultou o trabalho dos
pesquisadores do
Projeto Lagoas Costeiras -
Gestão Sustentada das Lagoas Costeiras do Litoral Médio e Sul
do Estado do Rio Grande do Sul na realização das coletas
biológias, as
expedições às lagoas do sul do estado estão sendo retomadas.
Uma equipe de pesquisadores embarca para o município de
Mostardas no próximo dia 7 para dar continuidade aos
trabalhos de campo.
Durante três dias, os pesquisadores percorrerão as
lagoas Barros, Barro Velho,
Figueira, Fundo, Papagaio, Tarumã para coletar macrófitas
(plantas aquáticas)
para fitosociologia, fitoplânctons e bioindicadores da
qualidade da água (macroinvertebrados). Também serão
utilizados os
equipamentos fluoroprobe para verificação de algas
e análise físico-química, e ecobatimetro, equipamento
utilizado no barco para verificação da profundidade da lagoa.
O projeto, realizado por pesquisadores da UCS e da Embrapa Clima
Temperado, tem o patrocínio da PETROBRAS, através do Programa Petrobras
Ambiental 2ª Edição, e o apoio das prefeituras
municipais de Mostardas, Tavares, São José do Norte e Santa
Vitória do Palmar.
Iniciado em agosto de 2007, o projeto, além das ações de educação ambiental com as comunidades
da área de abrangência do projeto, prevê
a organização de um Atlas Ambiental e de uma Agenda de
Gestão dos Recursos Hídricos, com ênfase nas lagoas
costeiras do Rio Grande do Sul. A idéia é que as comunidades
e o poder público
tenham ferramentas que subsidiem a tomada de decisões na gestão
pública. "Os dados serão digitalizados para evitar que
as informações se
percam", explica o coordenador do projeto, professor Alois
Schäfer.
A idéia central do projeto é conscientizar a população e os
gestores sobre a importância do uso racional dos recursos
hídricos. Conforme o professor Schäfer, do Centro de
Ciências Agrárias e Biológicas, a utilização dos
recursos hídricos, especialmente das lagoas da
planície costeira do Rio Grande do Sul, é
problemática. "Os principais problemas estão no desvio
da água das lagoas para a irrigação de arroz e na perfuração
ilegal de poços artesianos", enumera.
De acordo com o pesquisador, a idéia de desenvolver o
projeto e apresentar à Petrobras surgiu de um
trabalho realizado por ele há 20 anos nas mesmas lagoas.
"Agora temos condições de fazer um comparativo sobre o que foi
alterado no ecossistema", explica.
Abrangência nacional
A Petrobras também selecionou outros 35 projetos de pesquisa, em todo o país,
que enfocam como tema Água: corpos d'água doce e mar. [
Saiba mais sobre o Programa Petrobras Ambiental]
Fotos dos pesquisadores do projeto: no alto, lagoa do Papagaio; ao centro, lagoa de Tarumã; abaixo, lagoa Barros.
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