Mais de 400 estudantes atuam, neste semestre, como monitores em disciplinas da graduação.
Desde 1981, os estudantes de graduação têm a oportunidade de
atuar como monitores de disciplinas, segundo
uma resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
A partir de 2004, com a possibilidade de aproveitamento
das monitorias como atividades complementares ao currículo
do estudante, aumentou a demanda por este tipo de atividade.
Segundo o professor Roberto Itacyr Mandelli, da coordenadoria de Gestão de Ensino da pró-reitoria de
Graduação, para ser um monitor, o aluno precisa já ter cursado - com aprovação - a disciplina à qual está se candidatando como monitor, e ter disponibilidade
de dois turnos semanais, num total de oito horas.
A seleção de monitores é feita a cada semestre e cada unidade
universitária (centros, campi e núcleos) oferece as
vagas através de edital, segundo suas necessidades específicas.
Neste semestre, 412 monitores, presenciais e
semipresenciais, estão em atuação.
Experiência, convívio e troca de informações
Daiana Cristina Peruffo ( em pé, na foto ao lado),
25 anos, é aluna de
Comunicação Social – Relações Públicas e, pelo quarto semestre,
é monitora semipresencial
da disciplina "Prática de Pesquisa", ministrada
pela professora Jane Rech. Para ela, que trabalha
fora da área da comunicação, a monitoria lhe
proporciona um acesso maior à vida acadêmica,
abrindo novos horizontes. "Criei uma habilidade com o
programa utilizado na disciplina, o SPHINX (um software
para coleta e análise de dados), e auxilio a
professora na aula e pelo Portal UCSvirtual,
que os alunos procuram muito. A experiência, o convívio e a
troca de informações é o maior valor que se pode ganhar
com a monitoria", explica a estudante.
Visão de sala de aula
No oitavo semestre de Psicologia, Fabiana Lopes
Ferreira, 23 anos, é monitora semipresencial da
disciplina "Economia Brasileira", mas já foi monitora de
disciplinas como Psicologia Geral, Teorias de Aprendizagem,
Sistemas de Gerenciamento de Informações. Ela explica
seu interesse: "meu objetivo é fazer um mestrado e acredito que a
monitoria faz com que
se tenha uma visão de sala de aula, que se perceba
como são planejadas as aulas, com é o funcionamento e as
normas da Universidade". Na atividade semipresencial
ela mantém contatos com alunos novos, professores de
outras áreas, com disciplinas diferentes e
com um projeto de ensino a distância, "que será o futuro
do ensino brasileiro", enfatiza.
Interesse na docência
A docência é a meta de Israel Krindges (foto), 25 anos,
acadêmico de Engenharia Química. Desde 2003 ele
é monitor no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Atualmente, com as disciplinas "Mecânica de Fluidos" e
"Fenômenos de Transportes", dos professores Rejane Rech e
Paulo Vander, Israel se organiza com aulas expositivas,
aplicando exercícios e tirando dúvidas dos colegas das
Engenharias. "Sempre tive interesse em ter uma experiência
docente, gostava de explicar as matérias para meus colegas.
Com a monitoria percebo que cada um pensa de uma forma
diferente, é preciso observar as dúvidas mais comuns.
O desafio é grande: tento tornar uma disciplina densa
em uma abordagem descontraída. Mas o melhor da atividade é a
gratificação, o retorno dos colegas. E a descoberta pela
vocação docente". Através das monitorias já ministradas,
Israel promoveu diversos minicursos, que chegaram a contar
com 70 alunos. Sua trajetória acadêmica também já acumula a
experiência como jovem pesquisador. "Pesquisa e
docência andam juntas. Por isso essas atividades me atraem",
enfatiza Israel, que visualiza, no seu futuro, um Mestrado e
Doutorado.
Fotos: Daiane Nardino
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