Pesquisa e extensão: projeto da Cerâmica Vermelha apoiará produtores da região do Vale do Caí.
Pesquisadores das engenharias - de Materiais, Mecânica, Civil -
e da Geologia
desenvolvem um projeto que
apoiará o setor cerâmico na
região do Vale do Caí. Financiado pelo Governo do Estado
do Rio Grande do Sul,
o projeto vai atender a uma demanda do Conselho Regional de
Desenvolvimento do Vale do Caí, aprovada pela
Consulta Popular de 2007. Prevê a instalação de um
laboratório para a caracterização de matérias-primas,
do desenvolvimento de um novo produto e da oferta de consultoria
técnicas para o setor cerâmico.
Em fase de licitação para a compra de equipamentos, o
laboratório terá capacidade tecnológica
para analisar as amostras de argila e
determinar se naquele local
existe matéria-prima tecnicamente adequada e em
quantidade. Além de ajudar a desenvolver o
setor produtivo, o projeto da Cerâmica Vermelha
tem importância social,
pois vai qualificar e diminuir os custos de produção de
insumos da construção civil. A argila é utilizada na
fabricação de telhas, tijolos, blocos e tubos cerâmicos.
Soluções
O professor Robinson Carlos Dudley Cruz, coordenador do
projeto, explica que algumas empresas do setor cerâmico da região
têm necessidade de
inovação tecnológica e de pesquisa e uma das suas principais
deficiências é quanto à prospecção de fontes de
matéria-prima. Alguns produtores estão consumindo argilas de
jazidas que se localizam a 60 quilômetros das fábricas,
o que torna o custo de produção muito mais caro. "A principal
dificuldade que os produtores enfrentam é na
localização de matérias-primas com qualidade adequada,
pois nem toda argila é tecnicamente viável para a
produção e neste processo de identificação investe-se muito
tempo e dinheiro". Ele destaca que o laboratório será
instalado no Núcleo Universitário
Vale do Caí, em um ponto estratégico entre dois
importantes polos da construção civil: Caxias do Sul e
Porto Alegre.
O projeto foi iniciado em março de 2009
e terá duração de dois anos. A previsão é de que a realização das
análises se inicie ainda primeiro semestre de 2010.
O investimento do Governo
do Estado será de
R$ 421 mil, recursos que serão utilizados para a
compra dos equipamentos. A contrapartida da UCS é de R$
306 mil e refere-se à participação dos
pesquisadores nas diferentes atividades do projeto.
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