Intercâmbio: estudantes estrangeiros participam de atividades de integração.
O sucesso de um programa de intercâmbio
está diretamente ligado às oportunidades de
contato do estudante estrangeiro com os
habitantes da comunidade local. Na UCS,
o programa Padrinho Universitário,
desenvolvido pela Assessoria de Relações Interinstitucionais e
Internacionais, é um exemplo da integração entre acadêmicos da
instituição e alunos de fora.
A estudante de
Engenharia Química, Gabriela Bortoluzzi, 22 anos,
atua como madrinha do intercambista equatoriano
Esvar Diaz, 21, há um mês na UCS
estudando no mesmo curso.
Os dois (na foto à esquerda)participaram na
tarde desta terça-feira da primeira edição
do Rally Intercultural, espécie de gincana
que passará a ocorrer em conjunto com o
tradicional Evento de Boas-Vindas, duas vezes
ao ano e que tem a finalidade de integrar o intercambista ao ambiente
universitário.
"Além das atividades de lazer, aproveitamos para
aperfeiçoar o português e o espanhol", avalia Gabriela,
que há um mês retornou de um intercâmbio na Espanha.
Para Diaz, as amizades feitas na UCS estão
servindo para ele familiarizar-se também com hábitos
locais, como a gastronomia típica e a paixão pelo
futebol – recentemente Gabriela e Esvar foram ao
estádio Centenário conferir uma partida de futebol.
"Assim como no Equador, aqui as pessoas
também demonstram muito o seu apego pelos times", avalia Esvar.
O programa Padrinho Universitário é também uma forma do
estudante que já participou de intercâmbio retribuir
a boa acolhida recebida lá fora. É o caso do
acadêmico de Comércio Exterior Rodrigo Grigol Três,
25 anos, que atua como padrinho do italiano Matteo Rossetto,
23 anos, estudante de Administração (foto à direita, Rodrigo, de camisa vermelha, e Matteo).
"Nos conhecemos
durante o período em que fiz intercâmbio em Verona,
na Itália, e agora estou ajudando na passagem dele por aqui",
conta Rodrigo. Para Matteo, a experiência na UCS
superou as expectativas. "As aulas proporcionam
uma visão bem abrangente da minha área", comenta.
Quanto aos costumes, o italiano destaca a
forte ligação que os colegas locais têm com a
cultura gaúcha e as tradições. "É algo que chama a
atenção, pois na Itália as pessoas não são tão ligadas a isso",
compara.
Para a assessora de Relações Interinstitucionais e
Internacionais da UCS, Luciane Stallivieri, toda
essa experiência possibilita que os estudantes
desenvolvam diferentes habilidades de
comunicação intercultural. "Compreendendo que as culturas
são diferentes e não melhores ou piores que outras,
os estudantes desenvolvem um respeito pelo
outro e se tornem mais flexíveis e tolerantes diante
das diversidades linguísticas e culturais", complementa.
Rally Intercultural
A primeira edição do Rally Intercultural
reuniu padrinhos universitários e alunos estrangeiros
de países como Guiné Bissau, Cabo Verde, Alemanha,
Equador, México, Paraguai, Espanha, São Tomé e Príncipe,
Itália, França, Angola e Colômbia. Divididos em
quatro grupos, os estudantes desvendaram
charadas referentes a vários espaços de convivência na
Cidade Universitária, como a Biblioteca Central, a
Capela, o Galpão Crioulo e o Programa de Línguas Estrangeiras,
entre outros.
Conforme Ruthie Gomes, uma das organizadoras do encontro,
o objetivo não é apenas confraternizar os
estudantes, mas fazer com que eles conheçam
a instituição em que irão passar os próximos meses
de uma forma diferente. "Isso gerou uma curiosidade
muito maior de todos", avaliou Ruthie.
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