Contato com paciente diferencia o ensino na Medicina na UCS.
Curso de Medicina busca formar
cidadãos-médicos aptos a identifcar e resolver os problemas
de saúde.
A inserção precoce dos acadêmicos de Medicina com as doenças é o grande diferencial do curso da UCS que,
com a oferta da disciplina "Atenção Primária à Saúde", desde
o primeiro semestre, faz com que esses alunos
tenham contato com pacientes nas Unidades Básicas de Saúde.
O auxílio no atendimento à comunidade faz com que os acadêmicos
se sintam úteis e conheçam a realidade das pessoas que
necessitam de atendimento médico.
Segundo o coordenador do curso de Medicina, professor Asdrubal
Falavigna, "a disciplina é elogiável. O aluno está mais
próximo do paciente, conhece seu meio de vida, possibilitando
assim ter uma ideia mais ampla das causas de suas doenças".
Esse contato com o paciente se mantém em todos os semestres.
Nos dois últimos anos, o acadêmico passa a desenvolver o
internato médico, isto é, um estágio curricular em cinco
áreas – saúde coletiva, pediatria, gineco-obstetrícia,
clínica médica e cirurgia – realizado em unidades básicas,
ambulatórios e hospitais. É nesses locais
e nessas áreas de estudo que eles veem reproduzida a
realidade que
irão enfrentar após sua formação básica, onde aprendem e
desenvolvem o "ser médico". Durante três meses o aluno
tem a possibilidade de realizar um estágio optativo em
outros centros universitários.
Outras disciplinas, como "Universidade e Sociedade", "Relações
Interpessoais e Desenvolvimento Humano", "Bioética" e "Introdução
à Medicina" são apontadas pelo coordenador do curso como
importantes para formar o perfil do futuro médico:
"um profissional preparado para ser um médico ético, de bom senso
e que saiba se relacionar com os colegas e pacientes. Não adianta
somente ter conhecimento, é preciso também ser uma boa pessoa",
enfatiza Asdrubal.
OBJETIVO
O curso de Medicina busca uma assistência integral ao
ser humano, com revitalização do caráter humanístico da
profissão médica
e visão não segmentada do paciente e sua família, superando o
enfoque predominantemente biológico. O curso prevê uma
integração
progressiva dos múltiplos cenários de aprendizagem e atividades
práticas em todos os níveis de assistência à saúde previstos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, entre os objetivos
do curso
estão o de produzir conhecimento segundo as necessidades da
população brasileira e de acordo com a operacionalização do SUS;
propiciar a formação de cidadãos-médicos eticamente comprometidos
com a sociedade que os cerca; atuar nas dimensões física e mental
do indivíduo comprometido como um todo; desenvolver ações
preventivas, diagnósticas, curativas e paliativas aos agravos
de saúde
e buscar aprimoramento contínuo nas áreas do conhecimento médico.
LIGAS ACADÊMICAS
Afinidades em determinadas áreas levam acadêmicos de
Medicina, orientados por um professor, a formarem as Ligas
Acadêmicas,
que funcionam como uma atividade complementar ao curso. Hoje,
há 25 ligas acadêmicas, que também são interdisciplinares,
trazendo
alunos de outros cursos como Nutrição, Farmácia, Educação Física
e Psicologia para a socialização do conhecimento.
Asdrubal Falavigna enfatiza que as ligas acadêmicas, além de
ensinar os conteúdos
das áreas, também ensinam a pesquisar. Os alunos aprendem o que
é uma pesquisa, quais são suas etapas, leem artigos, desenvolvem
trabalhos científicos, permitindo assim, a apresentação em
congressos
e publicações. Isto fortalece o seu currículo médico.
Para o acadêmico Gregory Saraiva Medeiros, presidente da Liga
Acadêmica Multidisciplinar de Neurologia e Neurocirurgia, a
Liga é
um espaço fundamental para o amadurecimento de ideias.
"As atividades são complementares à formação acadêmica e a
participação
de docentes e discentes é voluntária e gratuita, como em um
grupo
de estudos. Participar de uma Liga Acadêmica facilita a
assimilação
de conteúdos e a formação crítica, que é essencial ao futuro
exercício profissional. Além disso, o convívio multidisciplinar
favorece
as relações entre alunos de diferentes cursos, a
troca de saberes e o reconhecimento da importância de cada
profissão na gênese do bem-estar e da saúde".
Trajetória do curso
O curso iniciou foi iniciado
em 1968, passando a compor um dos 45 criados
no Brasil entre 1961 e 1971. Devido à expansão dos cursos no
País, foi criada uma Comissão de Ensino Médico com o objetivo
de examinar e propor reformulações em três aspectos:
disponibilidade de hospitais, capacitação docente e
aprimoramento curricular. Em março de 1997, o Ambulatório
Central foi transferido
para a Cidade Universitária, tornando-se o cenário ambulatorial
de todas as disciplinas do ciclo profissionalizante. Em março de
1998 foi inaugurado o Hospital Geral de Caxias do Sul, a partir
de um convênio entre a Fundação Universidade de Caxias do
Sul e o Governo do Estado. O HG configura-se como hospital
escola, permitindo o desenvolvimento das práticas específicas
do curso e de ações interdisciplinares.
O curso de Medicina já formou 1.988
profissionais. Hoje, são 391 acadêmicos matriculados.
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Foto: Jonas Ramos | Fonte: Atos e Fatos - Edição 866
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