Comitê conclui etapa de lançamento do Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas.
Os municípios da Serra Gaúcha e arredores conheceram na
sexta-feira, dia 8 de abril, o Plano da Bacia Hidrográfica
Taquari-Antas. O lançamento do projeto ocorreu na Cidade Universitária,
sucedendo evento nas mesmas características realizado há uma
semana em Lajeado. Os dois polos funcionam como subsedes do
Comitê, o qual contempla 119 municípios. "Estamos iniciando um
trabalho que representa um desafio coletivo, o qual necessita
da articulação de toda a estrutura da Bacia", afirmou o
presidente do Comitê, engenheiro agrônomo e professor da UCS,
Daniel Schmitz. A solenidade contou com a participação de
autoridades, entre os quais o diretor geral da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (Sema), Marco Aurélio Corrêa,
imprensa, empresários e profissionais ligados ao assunto.
Schmitz destacou que o grande objetivo é harmonizar a qualidade
e a quantidade da água existente com os diversos usos que
a sociedade faz deste bem. "Não é um plano de intervenção
ambientalista, e sim de conhecer o que tem de vida,
recuperar e preservar paras as gerações futuras".
O trabalho será executado em dois anos, prevendo as etapas de
diagnóstico e enquadramento.
Para o reitor da UCS, Isidoro Zorzi, as duas universidades
(UCS e Univates) têm papel fundamental na existência e
manutenção do Comitê. Ao fazer um resgate histórico da
entidade, o reitor afirmou que um dos maiores desafios
está na construção dos interesses solidários e do pleno
exercício da representatividade.
O reitor da Univates, Ney Lazzari, também fez
considerações ao diferenciado perfil de atuação de
Univates, UCS e da própria cooperativa Certel, parceira do
Comitê. "São instituições preocupadas com o meio onde
estão inseridas e por isso tão ativas em causas como essa
dos recursos hídricos. Na sua opinião, os resultados do plano
serão como uma herança para as gerações futuras.
O presidente da Certel, Egon Hoerlle, empresa
apoiadora do Comitê, lembrou que desde 1985 a
cooperativa realiza ações voltadas para o meio ambiente.
Ao fazer referência à atividade da Certel na geração de
energia garantiu o compromisso da utilização da natureza de
forma sustentável. "Precisamos de uma sociedade sustentável
para manter o equilíbrio entre o crescimento e a preservação
dos recursos hídricos naturais. Temos que criar consciência
ambiental para viver melhor", disse Hoerlle.
Objetivos e etapas do plano
O Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas foi
apresentado pelo engenheiro Paulo Renato Paim, gestor de
águas da Metroplan – Fundação Estadual de Planejamento
Metropolitano e Regional. Ele esclareceu sobre a abrangência
do plano, o qual vai propor objetivos de qualidade da água,
estabelecer o plano de ação e os valores a serem cobrados
pelo uso da água e compatibilizar os interesses dos
diferentes usuários. "Por exigir uma série de mudanças,
o plano pode alterar o perfil do desenvolvimento social e
econômico da região", disse Paim, ressaltando a importância
do envolvimento de toda a sociedade.
As atividades serão divididas em fase A e B.
Na primeira será feito o diagnóstico dos usos, quantidades
e qualidades. Na etapa B vão ocorrer as discussões
das alternativas de uso da água. É quando a
população vai dizer qual o tipo de água que quer
com base nas classes definidas pelo Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama). É também o momento que vai gerar
uma repercussão econômica, não só no custo do tratamento
quanto no nível de exigência para aproveitamento.
Material distribuído pela
assessoria de imprensa do Comitê da Bacia Hidrográfica
Taquari-Antas. Na foto de Jonas Ramos (da esquerda para a direita): Egon Hoerlle, presidente da Certel: Daniel Schmitz - presidente do Comitê; Isidoro Zorzi - reitor da UCS; Ney
José Lazzari - reitor da Univates; e Paulo Renato Paim -
representante da Metroplan.
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