Vale do Caí: pesquisas dão
sustentabilidade ao desenvolvimento local,
fortalecendo a produção
industrial e agrícola.
A presença da UCS no Vale do Caí, com seu Núcleo Universitário
no município de São Sebastião do Caí, implantado há onze
anos, visa dar sustentabilidade ao desenvolvimento da
economia da região, fortalecendo a produção industrial e
agrícola. Entre as ações realizadas estão dois
importantes projetos de pesquisa: a Caracterização de Matérias
Primas para a Indústria da Cerâmica Vermelha e Ações
para a Melhoria Tecnológica da Fruticultura e Floricultura do
Vale do Caí.
A Universidade desenvolve essas pesquisas como gestora do Polo
de Desenvolvimento Tecnológico da Região do Vale do Caí,
do qual também participa a Universidade de Santa Cruz do Sul em parceria com a
Secretaria de Ciência, Inovação e
Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Rio Grande do Sul e
o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Caí (Codevarc).
A professora Carmen Cecilia Schimitz, diretora do Núcleo
Universitário Vale do Caí e coordenadora do Polo
de Inovação Tecnológica do Vale do Caí, afirma que "a UCS,
através de suas ações, está contribuindo de forma
significativa em favor do desenvolvimento integrado da região".
Pesquisas em Citricultura
A fruticultura é uma das principais atividades agrícolas
da região do Vale do Caí. As pesquisas iniciaram-se
em 2009, sob a coordenação do professor Gabriel Pauletti,
do Centro de Ciências Agrárias e Biológicas (na foto abaixo), em parceria com a
Câmara Setorial da Citricultura do Vale do Caí.
A primeira fase do projeto foi dedicada, basicamente, ao
controle de uma doença que atinge a citricultura, chamada
"pinta preta". Vários estudos foram realizados em laboratório
(com produtos orgânicos) e, também, em algumas propriedades
rurais da região, com o objetivo de encontrar a melhor
solução para o problema. Também foram realizados três
cursos de capacitação. Em cada edição do curso participaram
dez técnicos (entre agrônomos e técnicos agrícolas) e 20
produtores, somando 90 pessoas capacitadas no total.
A segunda fase do projeto deve iniciar-se em breve e vai
complementar as atividades iniciadas há dois anos. A UCS vai
disponibilizar três hectares na sua unidade no Vale do Caí
para a implantação de uma área experimental de citrus,
onde serão feitos testes com novas variedades. Segundo o
professor Pauletti, "estão sendo realizadas pesquisas com a
participação do setor, não somente por parte dos pesquisadores".
A Câmara Setorial da Citricultura do Vale do Caí também deve
ter uma sede no Núcleo universitário, o que vai facilitar o
engajamento de outras entidades.
Os trabalhos de laboratório são realizados na UCS, envolvendo
os pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias e Biológicas e do Instituto de Biotecnologia.
Também estão atuando quatro alunos estagiários do
Laboratório de Ecofisiologia Vegetal e Climatologia e
quatro alunos estagiários do Laboratório de Fitopatologia e
Controle Biológico.
Além dos projetos em andamento, um novo está sendo elaborado.
O objetivo é contemplar a área de extração de óleos
essenciais, em parceria com a empresa Ecocitros -
Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí -
com sede na cidade de Montenegro.
Será feito um estudo
da utilização do ácido pirolenhoso na citricultura.
Projetos na área da fruticultura
Ações para melhoria tecnológica da
citricultura do Vale do Caí – Fase I
Ações para melhoria tecnológica
da citricultura do Vale do Caí - Fase II
Extração de óleos essenciais e
utilização do ácido pirolenhoso na citricultura (em elaboração).
Programa de Materiais Cerâmicos
A cerâmica é uma das bases da economia da região.
Entre as ações do Polo de Inovação Tecnológica do Vale do Caí,
vários projetos nesta área já foram e estão sendo
desenvolvidos pela Universidade, sob a coordenação do professor
Robinson Cruz, do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
O primeiro projeto Caracterização de matérias-primas para a
indústria de cerâmica vermelha começou
em março de 2009 e deve ser concluído em fevereiro de
2012. Este projeto deu início à implantação de uma
estrutura voltada para a indústria da cerâmica
com recursos do Governo do Estado e apoio do Codevarc.
Após a aprovação deste projeto pela Secretaria da Ciência,
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul,
a diretoria do Polo de Desenvolvimento Tecnológico
solicitou um programa de reestruturação do setor de
cerâmica no Vale do Caí.
"Esse programa que desenvolvemos
serviu para dar confiança ao Governo do Estado apoiar novos
investimentos na região", explica o professor Robinson Cruz,
que já realizou visitas a
oito empresas do setor de cerâmica da região na primeira etapa
do projeto. As visitas serviram para troca de informações e
levantamento da atual situação do setor.
A partir daí, iniciou-se a busca de espaço físico adequado à
implantação dos laboratórios necessários e previstos
nos projetos em parceria com o Estado do Rio Grande do Sul.
A Prefeitura Municipal de Bom Princípio disponibilizou a
estrutura de um prédio localizado na região central da cidade.
O prédio, que tem área de 1.512 m², abrigará, ainda, a
infraestrutura do Ecoparque Tecnológico do Vale do Caí. A
previsão é que as obras estarão concluídas até o final de julho
deste ano.
Além do professor Robinson Cruz, estão envolvidos nos
projetos os professores Cláudio Antônio Perottoni,
Janete Eunice Zorzi e Sandro Martins. Estudantes do Programa de Pós-Graduação em Materiais e acadêmicos
de iniciação científica e consultores também fazem parte da equipe.
Na foto, os professores Robinson, Janete e Claúdio no Laboratório do
Programa de Pós-Graduação em Materiais.
A estrutura que está sendo utilizada para o desenvolvimento
dos projetos e das pesquisas com materiais cerâmicos é a
do Programa de Pós-Graduação em Materiais, através dos
Laboratório de Caracterização de Materiais e do
Laboratório de Materiais Cerâmicos. De acordo com o professor
Robinson, o objetivo de todo esse trabalho
"é agregar valores, não só em infraestrutura, mas em
produção de conhecimento na área da cerâmica. É a Universidade
atendendo à demanda da comunidade".
Projetos na área da cerâmica
Caracterização de matérias-primas para a indústria de cerâmica
vermelha
Processamento e desenvolvimento de produtos de cerâmica vermelha
Processamento cerâmico a seco
Produtos cerâmicos inovadores
Briquetagem e torrefação de biomassa
Nanomateriais aplicados a elementos filtrantes
Fotos: Jonas Ramos e acervo dos pesquisadores
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