Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS: pesquisadores ampliam estudos sobre novas terapias de combate à epidemia.
O Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS, ligado
ao Centro de Ciências da Saúde, está se inserindo
em uma nova linha de pesquisa, com o objetivo
de avaliar novas terapias para o combate da epidemia
HIV/AIDS, através do ingresso na Rede Internacional
de Estudos Clínicos de AIDS em Gestantes, Crianças
e Adolescentes - IMPAACT (International Maternal
Pediatric Adolescent AIDS Clinical Trials Network).
Como parte da capacitação nesta pesquisa, colaboradores
do Laboratório - Rosa Dea Sperhacke, Leonardo
Rapone da Motta, Machline Paim Paganella e Sílvia
Mariani Costamilan - participam, até o dia 10 de junho,
do IMPAACT Group Meeting, em Washington (Estados
Unidos).
A rede IMPAACT é financiada por diversos órgãos
do governo norte-americano, com apoio de indústrias
farmacêuticas. Esta rede é composta por um
grupo cooperativo de instituições e pesquisadores que
buscam avaliar tratamentos para a infecção pelo HIV
e suas consequências em bebês, crianças, adolescentes
e gestantes. Atualmente, a rede mantém cerca de 32
protocolos nos Estados Unidos, sendo 19 destes com
participação internacional.
Entre as pesquisas em avaliação pela rede, a coordenadora
do Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS,
Rosa Dea Sperhacke, destaca as vacinas terapêuticas
anti-HIV, vacinas para a prevenção da transmissão, novos
esquemas antirretrovirais (ARV) para prevenção
da transmissão de mãe para filho durante a gravidez
(transmissão vertical), efeitos adversos dos ARV em
gestantes, entre outros.
Ao obter a inserção nesta rede, o Laboratório da
UCS, ao lado de instituições de saúde do Brasil, Estados
Unidos, África do Sul, Argentina e Bahamas, "passa a
colaborar com o desenvolvimento de novos medicamentos,
terapias e vacinas voltadas ao combate da epidemia
de HIV/AIDS", explica Rosa Dea. "O desenvolvimento destes
estudos na UCS fortalecerá
a área de pesquisa em HIV/AIDS, proporcionando o
acesso da comunidade acadêmica ao que há de mais
moderno na área da pesquisa clínica intervencional. As
informações obtidas contribuirão para a prevenção do
vírus, permitindo intervenções com maior impacto no
combate à epidemia".
O Laboratório
O Laboratório de Pesquisa em HIV/AIDS iniciou suas
atividades em 2002 com o objetivo de estudar
a epidemia da doença sob um enfoque interdisciplinar. As
principais linhas de pesquisa desenvolvidas são:
epidemiologia do HIV, o aspecto sociocomportamental do
HIV e novas metodologias para o diagnóstico e
monitoramento da infecção pelo HIV. Uma das pesquisas
envolve a utilização da metodologia de coleta de
amostra de sangue em papel-filtro com o objetivo
de diagnóstico da infecção pelo HIV e Sífilis, realizado em
parceria com o Ministério da Saúde, intitulado "Sentinela
Parturiente". Participam desta pesquisa 219 maternidades,
com a coleta de amostras de sangue de 44 mil gestantes.
Os ensaios laboratoriais desses materiais
são feitos pela UCS.
O Laboratório também participa de uma rede de pesquisa
internacional, que realiza o acompanhamento
de gestantes com HIV e crianças expostas e não
infectadas pelo HIV por um período de cinco anos.
Rosa
Dea explica que os dados obtidos em Caxias do Sul
durante a condução do estudo, demonstram que a taxa
de transmissão vertical foi de 0%,
comprovando a eficácia do pré-natal e dos cuidados
médicos recebidos no
momento do parto.
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Fonte: Atos e Fatos - Edição n° 896 | Foto: Jonas Ramos
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