Prêmio Caixa de Projetos Inovadores: invenção desenvolvida no CARVI está entre os finalistas.
Tecnologia para controle de cadeira de rodas motorizada através de
movimentação cervical surgiu no curso de Engenharia Elétrica no Campus
Universitário da Região dos Vinhedos
Um grupo formado pelos egressos
Emílio Batista e Oscar Mattia, e os
professores Alexandre Mesquita e Angelo Zerbetto Neto
representa a
Universidade na
8ª Feira Eletromecânica e Construção Civil 2012, com a
exposição da cadeira de rodas motorizada através de
movimentação cervical. O evento ocorre
desta terça-feira, dia 24, até sexta-feira, dia 27,
na sede do SENAI, em Londrina (PR).
O projeto desenvolvido por eles está entre os finalistas do 4°
Prêmio
Caixa de Projetos Inovadores, que será uma das atrações da
feira. Dos
14 trabalhos inscritos por estudantes e pesquisadores dos
principais
centros universitários do País foram escolhidos apenas três.
O estudo realizado no âmbito do curso de Engenharia Elétrica do
Campus
Universitário da Região dos Vinhedos (CARVI) teve pedido de
registro
de patente depositada, em nome da UCS, neste mês, no
Instituto
Nacional da Propriedade Industrial - INPI. O processo de patenteabilidade
foi coordenado pelo
Escritório de Transferência de Tecnologia.
A inovação apresentada na feira é constituída por uma nova
forma de
controle de movimentação para cadeiras de rodas motorizadas.
"Grande
parte das cadeiras de rodas vendidas no mercado são controladas
por
joysticks, método que inviabiliza o controle dos movimentos da
cadeira
por parte de usuários tetraplégicos, pois não possuem a
movimentação
dos membros inferiores e superiores", relata o professor Angelo,
que
também é coordenador do curso de Engenharia Eletrônica no CARVI.
Na nova proposta de controle, um sensor (acelerômetro) é
adaptado à
cabeça do indivíduo através de uma tiara, boné ou capacete. Por
meio
dos movimentos cervicais, o sistema de controle projetado
converte em
movimentos realizados pela cadeira.
"Este é um novo conceito de controle, que atende a um maior
número de
deficientes físicos dando-lhes melhores condições de
acessibilidade e
qualidade de vida. Um outro diferencial da tecnologia é que
existe um
segundo sensor acoplado à própria cadeira com a função de
compensar a
inclinação do terreno, conferindo maior estabilidade de
movimentos da
cadeira", explica o professor Alexandre.
Toda essa tecnologia teve como precursores os egressos do
curso de
Engenharia Elétrica Emílio Batista
e Oscar Mattia. O projeto foi
desenvolvido como um dos trabalhos finais das disciplinas de
Instrumentação e Sistemas de Controle III. Os dois
terminaram o curso
em dezembro do ano passado. Atualmente, Emílio trabalha em
uma empresa
de componentes elétricos, especificamente na área de
desenvolvimento
de novos produtos, além de atuar em projetos de veículos
híbridos e
elétricos. Oscar é bolsista CAPES do curso de mestrado em
Engenharia
de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina.
Os dois engenheiros elencam inúmeros fatores positivos da
participação
no projeto. "É uma honra. Independente do lugar que ficarmos,
tenho o
sentimento de dever cumprido. Sinto que todo o
esforço de um curso inteiro está sendo reconhecido e que não
devo
parar por aqui, quero buscar sempre a superação", revela Emílio.
"A
experiência de trabalhar em uma equipe multidisciplinar,
muitas vezes
a distância, com recursos limitados, é uma experiência
enriquecedora.
O processo de patenteabilidade também acrescenta muito, já que,
para
todos do grupo, era algo novo e a participação da UCS foi
fundamental.
Além disso, estar entre os primeiros do Prêmio Caixa de
Projetos
Inovadores representa um reconhecimento nacional do nosso
trabalho",
enfatiza Oscar.
Além dos dois professores e dos egressos do curso de
Engenharia
Elétrica, estiveram envolvidos no projeto o professor Luciano
Massoco,
e os técnicos de laboratório Luciano Salerno, Mailson Forest,
Humberto
Salton e Daniel Carazai. Também colaboraram a direção,
professores e
funcionários do Centro de Ciências Exatas, da Natureza e
Tecnologia
do CARVI e as empresas STMicroelectronics, Imobrás, Ortobrás e
IAR
Systems.
Sobre o 4° Prêmio Caixa de Projetos Inovadores
Além do grupo da UCS, são finalistas do Prêmio Caixa de
Projetos
Inovadores: "Eko-Bloco: artefatos de cimento confeccionados com
resíduos da construção e demolição (RCD)", do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso; e "Utilização de
geossintéticos como reforço de estradas não pavimentadas:
influência
do tipo de reforço e do material de aterro", da Universidade de
Brasília (UnB).
Os vencedores do Prêmio Caixa de Projetos Inovadores
receberão prêmios
em dinheiro: 1º colocado - R$ 10 mil; 2º colocado - R$ 5 mil; e
o 3º
colocado - R$ 3 mil. A ordem de classificação dos
três finalistas será
definida, em votação secreta durante a Feira Eletromecânica e
Construção Civil, por um grupo de 30 empresários e
especialistas das
áreas envolvidas com a mostra. Os resultados serão
divulgados durante
evento a realizar-se no dia 21 de maio.
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