Bioinformática: uma ciência interdisciplinar.
Pesquisas na área da Bioinformática
contribuem para o
aumento do conhecimento biológico por meio da análise da informação
genética.
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia:
inscrições para o processo seletivo do Doutorado vão ate 10 de
dezembro de 2012. [ Saiba mais. ]
Pode parecer estranho duas áreas aparentemente
distintas, como a Biologia e a Informática, complementarem-se. Na
verdade,
uma necessita da outra, principalmente
quando o assunto é Bioinformática. "Em
poucas e simples palavras, Bioinformática
é uma ciência nova e interdisciplinar que
resolve questões biológicas utilizando técnicas
computacionais", explica a professora
Scheila de Avila e Silva, do Campus Universitário
de Vacaria, que atua em pesquisas em
Bioinformática há quase dez anos.
Um exemplo da aplicação da Informática
na Biologia - com informações biológicas
depositadas em bancos de dados -, são os
estudos do genoma responsável por carregar
as informações hereditárias dos organismos.
Para se ter uma ideia, o genoma humano
contém a presença de 20 a 25 mil genes,
que geram cerca de 400 mil proteínas. "Hoje
estão disponíveis sequências genômicas
completas ou parciais de mais de 2,3 mil espécies
bacterianas, por exemplo. São mais
de 126 bilhões de pares de bases catalogados.
Entretanto, apesar da quantidade de
dados e informações sobre genomas, proteínas
e funções metabólicas, ainda há muito
conhecimento a ser ampliado sobre a organização,
evolução, expressão e participação
da informação genética na determinação
dos fenótipos, que resultam da expressão
dos genes dos organismos", explica a professora
do Instituto de Biotecnologia Ana
Paula Longaray Delamare, que coordena o
Núcleo de Pesquisa em Bioinformática.
Primeiros passos com a Iniciação
Científica
A carreira acadêmica da professora Scheila foi construída
praticamente por meio da atuação em pesquisa em Bioinformática.
Ela iniciou nessa área ainda na graduação em
Ciências Biológicas na UCS, em 2003, orientada pelo professor
Günther Gerhardt, quando era bolsista de iniciação
científica. Após a graduação, ela ingressou no mestrado
em Computação Aplicada na Unisinos, atuando ainda com
Bioinformática, tema-foco dos seus estudos também no
Doutorado em Biotecnologia da UCS.
Dessa forma, pôde aliar conhecimentos da Biologia e da Informática.
Atualmente, ela trabalha com um banco de dados que
desenvolveu (conteúdo-base da patente depositada pelo
NP em Bioinformática). "Basicamente, o que eu faço é pegar uma
determinada região do DNA de uma bactéria e
fornecer a probabilidade dela ser promotora de um gene
ou não. Isso é importante, pois a manutenção da vida de
um organismo depende da expressão correta dos genes.
Assim, compreender os mecanismos da expressão dos
genes contribui para o desenvolvimento de fármacos, de
defensivos agrícolas mais específicos, do entendimento
das doenças, dos mecanismos de adaptação, entre outros
assuntos", esclarece.
Os passos da professora Scheila estão sendo percorridos
por três bolsistas de iniciação científica. Entre eles,
está Tahila Andrighetti, do curso de Ciências Biológicas.
Ela é bolsista de iniciação científica há cinco anos, tempo
que está envolvida com pesquisas em Bioinformática.
No Encontro de Jovens Pesquisadores da UCS, realizado
no final de outubro, seu trabalho: "Reconhecimento
e predição de promotores reconhecidos pelo fator sigma
24 de E. coli, utilizando diferentes características da
sequência", foi indicado como destaque pela equipe de
avaliadores do evento.
"Confesso que no início eu me senti um pouco insegura,
como em todo trabalho que se começa sem conhecer
nada. Mas a pesquisa era tão interessante e eu
ia aprender tanta coisa, que vi que o esforço certamente
valeria a pena", conta a acadêmica que está finalizando a
graduação e pretende continuar na pesquisa ingressando
em um curso de mestrado.
Fotos: Daniela Schiavo.
Revista ATOS e FATOS - Publicação mensal da
Universidade de Caxias do Sul, de caráter jornalístico para
divulgação das ações e finalidades institucionais,
aprofundando os temas que mobilizam a comunidade acadêmica e
evidenciam o papel de uma Instituição de
Ensino Superior.
O texto acima está publicado na nona edição da Revista ATOS e FATOS
que já circula nos campi e
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