Antes de ingressar na graduação, a apresentação de um trabalho no Congresso Mundial de Biotecnologia.
Leonardo participa pela primeira vez de um evento científico
internacional, onde apresentará seu trabalho de
iniciação científica como estudante do ensino médio.
O
Congresso Mundial de Biotecnologia,
que se realiza em Boston, Estados Unidos, entre os dias
3 e 6 de junho, terá a
apresentação de trabalhos de pesquisadores do
Instituto de Biotecnologia e dos programas de pós-graduação em
Biotecnologia e em Engenharia e
Ciências Ambientais.
O congresso está focado nas pesquisas na área da Biotecnologia
e suas aplicações para a melhoria da saúde e
qualidade de vida em todo o mundo, abordando
especialmente temas como: biotecnologia médica,
células-tronco, terapia gênica, engenharia de tecidos,
fabricação biofarmacêutica, cultura de células e a
biotecnologia farmacêutica, entre outros.
Os pesquisadores da UCS estarão representados nesse congresso,
que reunirá cientistas de vários países, pelas professoras
Eloane Malvessi,
do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia e
Suelen Osmarina Paesi, do Centro de Ciências Agrárias e
Biológicas. E, ainda, pelo ex-aluno do
Centro Tecnológico
Universidade de Caxias do Sul - CETEC
Leonardo Guimarães de
Almeida, 17 anos, que por dois anos atuou como
bolsista de iniciação científica PIBIC-EM/CNPq, no
Laboratório de Bioprocessos, enquanto cursava o
Ensino Médio no CETEC.
Saiba mais sobre os trabalhos que a UCS irá apresentar no
Congresso Mundial de Biotecnologia.
Iniciação Científica desde o Ensino Médio
Como estudante de ensino médio e bolsista de iniciação
científica no Programa PIBIC/CNPq - EM,
Leonardo participou do projeto de pesquisa de mestrado
da farmacêutica Sabrina Carra, intitulada Ácido lactobiônico: processo de
produção por via biotecnológica e estratégias de
recuperação, com orientação dos
professores Mauricio Moura da Silveira e Eloane Malvessi.
Vivenciar a pesquisa na Universidade foi uma
experiência considerada "incrível" por Leonardo. "A pesquisa é
a forma mais pura de ciência e inovação, doadora de uma
base profissional, racional, social e intelectual que
só estaria disponível após bons semestres em um curso de
graduação". Leonardo, que atualmente se prepara para fazer
vestibular para o curso de Medicina, se mostra ansioso
pela viagem. Participar de um congresso mundial que
reunirá Prêmios Nobel o faz pensar em seu futuro. "Quero saber
por onde eles começaram para, quem sabe, poder me espelhar
neles e, um dia, ganhar um Prêmio Nobel. Esse é o meu maior
objetivo".
Leonardo foi entrevistado pela jornalista
Cristina Beatriz Boff, do Setor de Imprensa da UCS,
quando demonstrou todo o seu entusiamo com
atividades de pesquisa que a Universidade lhe proporcionou, mesmo
antes dele ingressar na graduação.
Por quanto tempo você
atuou como bolsista de iniciação científica
no Instituto de Biotecnologia? Em qual pesquisa? |
"Atuei por dois anos no Laboratório de Bioprocessos do
Instituto de Biotecnologia da UCS. Participei do projeto
de pesquisa da então mestranda Sabrina Carra, agora Mestra em
Biotecnologia, intitulado "Ácido lactobiônico: processo de
produção por via biotecnológica e estratégias de recuperação".
Esse projeto foi orientado pelo professor Mauricio Moura da
Silveira e co-orientado pela professora Eloane Malvessi".
Como foi a experiência
de aluno do Ensino Médio vivenciar a pesquisa na Universidade? |
"Foi incrível! Eu criei um vínculo com pessoas totalmente
novas, diferentes, não somente do Ensino Médio. Com a pesquisa,
eu convivi - e continuo convivendo - com graduandos,
mestrandos e doutorandos, além de professores não só da UCS,
mas também de outras universidades, como professores da
UFRGS, graças a outros congressos dos quais
participei ao longo dos dois anos que estive inserido
no meio da pesquisa. Além disso, cresci de forma imensurável
intelectualmente e profissionalmente, pois, afinal, são
poucos os estudantes do Ensino Médio que agarram as
oportunidades que irão lhe dar base para o futuro,
aproveitando ao máximo o que elas podem proporcionar, ainda
mais a pesquisa, que é a forma mais pura de ciência e
inovação, doadora de uma base profissional, racional, social e
intelectual que só estaria disponível após bons semestres na
graduação".
Qual a sua
expectativa em participar de um congresso mundial em Boston? |
"Fico imaginando o quanto irei crescer nesse congresso.
Ele é diferente de todos os que eu já fui: tem dimensões
mundiais.Vou encontrar três ganhadores do Prêmio Nobel.
Nunca imaginei que poderia conhecer os maiores pesquisadores do
mundo! Além do mais, trabalhos com meu nome estarão lá:
isso é completamente inesperado para alguém que recém saiu
do Ensino Médio. Será uma experiência incrível: começo a dar
um passo enorme na carreira de pesquisador".
O que representa
essa viagem para o exterior? |
"Em 2011 fiz uma viagem para a Argentina e Cordilheiras com o CETEC. Foi uma viagem turística.
Agora é diferente: vou a trabalho e estudo. Essa viagem
representará um divisor de águas: além de participar do
congresso, visitarei museus, parques, centros de eventos...
Mas a visita que mais me causa ansiedade é a que farei até as
universidades de Harvard e o MIT – Massachusetts Institute of
Technology, símbolos de pesquisa e inovação mundial.
Essas universidades estão entre as TOP 5 do mundo,
segundo a revista Times".
A participação na
pesquisa ajudou a definir o seu futuro profissional? Qual? |
"Com toda a certeza. Eu pretendo continuar a carreira de
pesquisador, até porque meu maior sonho é ganhar o prêmio Nobel.
Eu pretendo seguir a pesquisa na Medicina, área que pretendo
cursar na universidade".
Foto: Daniela Schiavo
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