Acadêmica de Direito premiada na 3ª Salão de Iniciação Científica da Fundação Escola Superior do Ministério Público.
A acadêmica do curso de Direito no Campus Universitário
da Região
dos Vinhedos, Camila Paese Fedrigo, obteve o primeiro lugar no
3ª Salão de
Iniciação Científica da Fundação Escola Superior do Ministério
Público, de
Porto Alegre, com o artigo "Da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade)
e da ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) na função legiferante",
realizado em conjunto com a professora Melissa Demari, em um projeto de
pesquisa, desenvolvido na unidade universitária em Bento Gonçalves.
Camila, que iniciou sua graduação na Fundação Escola
Superior do Ministério
Público antes de se transferir para a UCS, explica que, entre os
vários tipos de ações constitucionais, o projeto de pesquisa
trabalhou em
duas: a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade. "Trabalhamos se os efeitos de (in)
constitucionalidade
exerceria poder vinculativo sobre o Poder Legislativo, ou seja, se quando
da declaração de inconstitucionalidade de uma lei, ela não mais poderia ser
matéria de discussão no âmbito do Legislativo, antes de virar lei.
Defendemos a tese de que não: o Poder Judiciário não pode impedir o Legislativo
de discutir matéria idêntica à lei já declarada inconstitucional, uma vez que
isso feriria o princípio dos check-and-balances (separação de poderes) e
ademais, pelo fato de ser o direito linguagem e ser mutável no tempo -
uma lei que uma vez fora declarada inconstitucional no passado pode não
mais ser no presente". Ela cita como exemplo o caso do aborto de anencéfalos
ou o caso do divórcio. "Pegamos como leading case o
Mandado de Segurança 32.033
em que o Ministro do STF Gilmar Mendes, a princípio tinha dito que o Poder
Legislativo ficaria vinculado à decisão de (in) constitucionalidade declarada
anteriormente pelo Judiciário, mas, no fim, voto vencido,
prevaleceu o voto do
Ministro Teori Zavascki, ficando decidido não existir no
Brasil controle
preventivo de Constitucionalidade pelo Judiciário, sendo então que o Legislativo
não fica vinculado às decisões de (in) constitucionalidade do Judiciário".
Camila participa de três projetos de pesquisa na UCS: "Jurisdição e Teoria da
Decisão" e "Alfabetização Ecológica, Cultura e Jurisdição", ambas coordenadas
pelo professor Jeferson Dytz Marin e "Jurisdição, Ambiente e Direitos
Fundamentais", coordenada pelo professor Carlos Alberto Lunelli.
Para ela, a
pesquisa motiva o aluno durante a graduação, "porque estudar o que se gosta é
maravilhoso, gratificante, ainda mais quando se é premiado por isso".
Foto: Divulgação/Jonara Cordova
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