PROGRAMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Universidade destina, para tratamento, 20 toneladas de produtos químicos.
Cerca de 20 toneladas de produtos químicos – entre resíduos
líquidos e sólidos de caráter perigoso – serão
destinados para tratamento, nesta semana, pela
Universidade de Caxias do Sul. O material foi gerado entre o
segundo semestre de 2011 até o primeiro semestre de 2013 e
será recolhido por uma empresa terceirizada, do Rio de
Janeiro, para o devido tratamento.
Os produtos químicos – gerados na Cidade Universitária, nos
campi e núcleos universitários – estão armazenados na
Central de Resíduos da UCS. Os resíduos sólidos são
reagentes vencidos, frascos vazios que continham produtos
químicos, vidraria de laboratório quebrada,
papéis filtro, papéis toalha, alumínio e
materiais contaminados com substâncias químicas.
Esses resíduos são acondicionados em sacos plásticos de
cor laranja e, após identificados, são retirados das
unidades geradoras e encaminhados para a Central de
Armazenamento da UCS, que existe desde 2002, na
Cidade Universitária: trata-se de uma edificação de 200 m²
construída para armazenar temporariamente os
resíduos sólidos e líquidos químicos de caráter
perigoso, além de lâmpadas fluorescentes, pilhas e
baterias, papel e papelão, vidros, entre outros.
Plano de Gerenciamento
A UCS, através do Instituto de Saneamento Ambiental (Isam),
elaborou o "Plano de Gerenciamento de Resíduos de Análises
Laboratoriais", aprovado pela Fundação Estadual de
Proteção Ambiental – Fepam, em 2002. O gerenciamento dos
resíduos líquidos da UCS é realizado em duas categorias:
para efluentes líquidos de laboratórios e para os
efluentes sanitários. Para os resíduos líquidos de
laboratórios, conforme explica a engenheira química
Isalmar Brutolin, técnica do Isam, são estabelecidos
procedimentos para a segregação, o acondicionamento, o
armazenamento, a coleta, o transporte e a destinação final
dos resíduos potencialmente perigosos.
Já todo o efluente sanitário da UCS é tratado na Estação de
Tratamento de Efluentes ETE-UCS, constituída por
quatro lagoas de tratamento (lagoa aerada; lagoa de
sedimentação; e duas lagoas de maturação), também localizada
na Cidade Universitária. Todo o tratamento
é feito através de mecanismos biológicos. Isalmar
adianta que a ETE foi projetada para tratar até 100 m³/dia de
efluente. O sistema possui Licença de Operação
concedida pela Fepam e está em operação desde 2002. "Por se
tratar de um sistema de tratamento de caráter biológico,
não devem ser incorporados à ETE efluentes com características
químicas, por isso a elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Análises Laboratoriais".
Características
Em função das características das análises físico-químicas
e biológicas realizadas nos diferentes laboratórios e
setores da instituição, foram estabelecidas categorias para
segregação dos diversos resíduos gerados. Isalmar explica
que os Resíduos de Análises de Laboratórios são segregados
conforme as recomendações da norma NBR 12.235 (ABNT, 1992),
evitando-se assim, reações secundárias e a formação de novos
produtos, impossibilitando a recuperação e tratamento desses
resíduos.
As categorias para segregação dos resíduos químicos-líquidos
foram definidas em 45 tipos diferenciados. As unidades
laboratoriais recebem contêineres devidamente
identificados, de PEAD (polietileno de alta densidade)
com capacidades de 5, 10 ou 20 litros conforme a
necessidade de geração de cada laboratório. Os contêineres,
após estarem com 2/3 de sua capacidade preenchida com os
resíduos líquidos, são retirados das unidades geradoras e
encaminhados para a Central de Armazenamento de Resíduos da UCS onde são transferidos para contêineres maiores de 60 a 100 litros, sempre obedecendo a mesma categoria de resíduos para posteriormente, serem encaminhados para tratamento e/ou disposição final adequados.
Cuidado com o meio ambiente
Com o Programa de Gerenciamento Ambiental estabelecido
pelo Isam, que gerencia diferentes produtos e resíduos
perigosos oriundos das mais diversas atividades desempenhadas
pelos diferentes setores da UCS, seja no ensino, pesquisa ou
prestação de serviços, a Universidade impede a disposição
indevida desses resíduos no meio ambiente e os possíveis
impactos para o mesmo e para os seres vivos.
No ano de 2006, foram destinadas nove toneladas de resíduos
de caráter químico; em 2007 foram 9,6 toneladas; em 2010
foram 14 toneladas; em 2011, 17 toneladas, e agora serão
20 toneladas. No período de 2006 a 2014, são aproximadamente
70 toneladas de resíduos perigosos que tiveram sua correta
destinação e deixaram de impactar o ambiente.
Fotos: Claudia Velho
|